quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CANTANDO MENTIRAS



Canto sem parar pra pensar. Canto sem meditar no que estou cantando.
Ouço músicas que os autores e cantores dizem uma coisa, mas na prática vivem outra.
Creio que essa é a tônica atual do mundo gospel. Muita música, algumas de boa qualidade, outras de média e muitas de baixíssima qualidade espiritual.
Outro dia, em alguns minutos ouvindo um programa de rádio, parei pra meditar em algumas melodias, de grande sucesso do mundo cristão.
Uma determinada cantora gospel muito famosa diz em um hino missionário que canta: “leva-me a pregar aos ribeirinhos do Amazonas”. Fala sério. Quando a convidamos para vir a Macapá, onde só passa o Rio Amazonas, se não tiver um bom cachê, com certeza não virá.
Pregar aos ribeirinhos do Amazonas é tarefa árdua que até nós – caboclos – não temos nos desincumbido satisfatoriamente.
Outro dia, na net, a irmã Lice Cabral, comentando sobre este assunto, separou algumas pérolas para nós. Vejamos:
1. “Abro mão dos meus sonhos...” Será? Deixo qualquer coisa pra seguir o Senhor? Eu deixo meu emprego dos sonhos e a minha namorada estonteante por entender que ambos me põem em rota de colisão com o meu Deus?
Nada contra os empregos dos sonhos nem contra as namoradas estonteantes, que bom se tiver as duas coisas! Sejamos sérios.
Eu ando meio cismado, cantando pouco, pensando muito.
2. “Abro mão da minha vida...!” O que exatamente o compositor tem em mente? Uma nova leva de mártires? Iria o animado crente pra Índia? Estão matando os missionários lá, queimando igrejas; quebraram o projetor e sumiram com o filme “Jesus” de uns amigos meus. Dispõe-se a morrer por Cristo, ou é só simples e inútil metáfora?
3. “E não há na Terra a quem eu queira mais que a Ti... Eu estou disposto a morrer por Ti... E o sacrifício sou eu... Abro mão dos meus sonhos, abro mão dos meus planos, abro mão da minha vida por Ti... Abro mão dos prazeres e das minhas vontades, abro mão das riquezas por Ti...” Ufa!
São afirmações pra lá de sérias. Entendo que cada salmo composto por Davi (especificamente Davi) era conseqüência direta da sua vida com Deus. Davi nãos compôs salmos de olho no mercado devocional em alta; traduziu belissimamente cada momento feliz ou desgraçado que viveu densa e intensamente na presença d’Aquele que a ele referiu-se como a menina dos Seus olhos.
Atentemos para os afirmativos. Sou mesmo crente o bastante pra cantar tudo isso sem medo de passar por hipócrita? E se, só “e se” Deus resolvesse tirar a limpo esses rompantes de cega fidelidade? O que sobraria?
Minha vida não me permite cantar dessa forma acima, sem ser hipócrita. Sou fraco demais, fútil até, faço tão aquém do necessário! As palavras do Senhor em Lucas 17: 10 remetem-me a real perspectiva daquilo que sou pra Deus, que me conhece pra dedéu e não se fia em meus arroubos de abnegação. Ele sabe o quanto amo e até onde posso ir pra demonstrar esse amor.
Atualmente meu sonho e estruturar uma pequenina e acolhedora igreja na periferia, pra pastorear e cuidar de pessoas, a quem o Pai chama de Filhos.
Alguém, escrevendo a respeito daqueles dois jovens moravianos que se venderam como escravos para entrarem numa ilha e evangelizar escravos, disse: “Os moravianos não oravam por aquilo que não estavam dispostos a ser a resposta.” Ou seja, se oravam pedindo obreiros, estavam dispostos a serem enviados como obreiros, se oravam por recursos, estavam dispostos a aplicar os seus próprios recursos.
Certamente que muitos há que cantam e arcam com os desdobramentos das afirmações daquilo que cantam, no mundo espiritual.
Quanto a mim, vou aprender uma música do Asaph Borba, cuja letra diz assim: “Ensina-me amar, mesmo quando só há ódio ao meu redor. Ensina-me a dar, mesmo quando não há nada a receber. Ensina-me a aceitar tudo quanto tens preparado para mim. Confiando que tudo está nas Tuas mãos, e que tudo vem de Ti Jesus. Ensina-me a adorar mesmo quando há pranto em meu coração; também a perdoar, como a mim tens revelado o Teu perdão. E que eu possa ter mais sede de Te conhecer melhor, cada dia mais vontade de estar ao Teu redor, escutando Teu falar, sentindo Teu amor, vivendo junto a Ti, Senhor.” Aleluia! Isso eu posso cantar!
E com essa música eu declaro: nunca mais sentirei inveja dos irmãos católicos e sua incomparável oração de São Francisco de Assis. Valeu Asaph!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A VÉSPERA

"Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de
refrigério, da presença do Senhor" (Atos 3:19).


Um velho rabino costumava dizer à sua congregação:
"Arrependa-se um dia antes de sua morte". Alguém disse a
ele: "Rabino, não sabemos o dia de nossa morte. Como
poderemos nos arrepender na véspera?" O rabino respondeu:
"Arrependa-se, então, hoje."


Já ouvimos, com certeza, alguém dizer: "Esse negócio de
religião é coisa para velhos. Quando eu estiver perto de
morrer eu me converto". Mas, será que chegaremos à velhice?
Será que teremos oportunidade de um arrependimento antes do
dia marcado por Deus para nossa partida?


O apóstolo Paulo nos diz que o momento adequado para sermos
salvos é agora. Nem um dia a mais. Ao abrirmos o coração
para o Salvador, temos o nome escrito no Livro da Vida,
reservamos as chaves de nossa morada celestial, recebemos um
bilhete para seguir viagem no trem da vida abundante.


Aqueles que carregam, em seu íntimo, fardos como: mágoa,
ressentimentos, raiva e desejos de vingança, Não têm paz,
não têm alegria, passam pela vida e não vivem. Aqueles que
se arrependem de seus maus momentos e colocam esses fardos
aos pés de Jesus, sentem-se aliviados, caminham tranquilos e
desfrutam o refrigério das bênçãos do Senhor em tudo o que
fazem.


Quando reconhecemos as nossas fraquezas e nos arrependemos
de tudo que não contribui para um bom relacionamento com
Deus -- o que afasta de nós a felicidade, a nossa alma se
enche de prazer e o mundo à nossa frente se transforma.


Sem o fardo do pecado, Deus nos guiará mais rápido até as
bênçãos almejadas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

TENTAÇÃO



"E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois
teve fome. Chegando, então, o tentador..." (Mateus 4:2, 3)

A tentação, quase sempre, não vem em nossos momentos de
firmeza espiritual, mas, pelo contrário, quando nos sentimos
mais frágeis. Quando atingimos o limite de nossa paciência,
amor, etc., é que somos tentados a abandonar o nosso
viver cristão. É preciso que tomemos muito cuidado com isso.
A tentação de Jesus começou quando estava em jejum já fazia
quarenta dias. As pessoas, normalmente, ficam mais sensíveis
quando estão vivendo debaixo de pressão. Uma atitude de
fraqueza pode comprometer toda uma vida de testemunho.

Nas lutas de nossa vida, muitas vezes, sentimo-nos fracos e
desanimados. As frustrações são muitas, as decepções se
acumulam, o sol parece que não mais brilhará em nossos dias
sombrios. É exatamente neste momento que temos vontade de
"jogar tudo para o alto", virar as costas para os nossos
sonhos, desistir de nossos propósitos, dizer adeus a tudo
que até então significava a maior bênção de nossa
existência: a vida com Deus.

É exatamente esse o plano do diabo. Minar nossas forças,
tirar-nos do Caminho, destruir nossa esperança. Ele sabe que
mesmo diante das tormentas e crises, não poderá impedir a
nossa vitória. Quer nos enganar, nos afastar do Senhor,
enfraquecer-nos cada vez mais.

Precisamos dizer a ele "não". Precisamos continuar crendo no
Senhor. Precisamos seguir em frente, perseverar, lutar por
tudo aquilo que sempre almejamos. Precisamos crer que "somos
mais do que vencedores" e que em qualquer situação, "podemos
todas as coisas em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador".

É na hora da fraqueza que devemos ser fortes, é na hora da
queda que devemos olhar para o céu e segurar nas mãos de
Deus, é na hora em que tudo parece perdido que devemos tomar
posse de nossas conquistas. O Senhor está conosco, não há
derrota a Seu lado. Tudo servirá para nossa edificação e a
luz do Sol da Justiça sempre brilhará depois do vendaval.


Quando você sentir a tentação nos momentos de fraqueza, não
ceda... vença

domingo, 16 de agosto de 2009

GRANDE OBRA



“Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias 6:3)

Sem ser positivista nem tirar de Deus o Seu papel, digo com total certeza que estamos todos em uma grande obra, quer convictos disso como Neemias no versículo acima, quer anônimos em uma pequena célula de uma pequena igreja. Aos olhos de Deus, toda semente pode ser uma grande árvore a despeito do seu tamanho ou forma. Aceite o que Deus tem para sua vida e persista nisso.

Se Deus o chamar não se esconda e se tiver dúvidas opte por servir. Ao tentar chamar a atenção para si, encontrará. Mas ela passa. Ao tentar atrair a bênção da presença de Deus para si, também encontrará e esta durará para sempre.

Estamos todos em uma grande obra, por que cessaríamos?

“Pai, obrigado por nos usar de alguma forma para contribuir com o Teu projeto neste mundo. Recompensa aqueles, ó Deus, que nos apoiam de tantas formas.”

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Quem Recebe As Glórias?


"Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e
riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor"
(Apocalipse 5:12).


"Eu nasci", disse um hindu convertido, de uma casta
insignificante e desprezível; tão baixa que, se um brâmane
tocar em mim, deve ir e banhar-se no rio Ganges, para se
purificar. Porém, aprouve a Deus chamar-me, não apenas para
conhecer o Evangelho, mas para ensiná-lo a outros".
Dirigindo-se a alguns brâmanes, ele falou: Meus amigos,
vocês sabem por que Deus fez isso? Se Ele tivesse
selecionado um de vocês para pregar o evangelho, ao alcançar a
conversão de muitos em seu trabalho, as pessoas diriam que
isso se devia à grande sabedoria brâmane e o seu peso de
caráter. Mas agora, quando uma pessoa for salva pelo meu
trabalho, ninguém pensará em atribuir qualquer elogio a mim;
toda a glória será de Deus".


Não há nada que nos seja mais gratificante do que fazer a
obra do Senhor.Pregar o Evangelho de Jesus Cristo, semear a
Palavra de vida e esperança, iluminar o caminho daqueles que
ainda estão sem direção, enche-nos o coração de júbilo e de
felicidade. E toda honra e toda glória pertencem ao nosso
Deus.


Foi Cristo quem nos salvou. Foi Ele quem transformou a nossa
maneira de viver e nos fez encontrar o caminho da vida
abundante e eterna. Somos bem-aventurados, somos novas
criaturas. Somos filhos de Deus. As derrotas ficaram para
trás. As decepções devem ser sepultadas. As frustrações
precisam ser ignoradas. Somos mais do que vitoriosos!


Temos todos os motivos para dar glórias ao Senhor. O muito
que fizermos será ainda bem pouco diante de tudo que Ele fez
por nós e em nós. Queremos compartilhar esta alegria, dizer
ao mundo o motivo de nosso regozijo, proclamar com toda
euforia a bênção de ter Jesus no coração. Ele merece a
honra, merece o louvor, merece toda a nossa gratidão por ter
iluminado toda a nossa vida.


Você tem dado glória a Deus?

Foto de meu celular: Forte de São José e Rio Amazonas, Macapá-AP

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MEU PAI


Visitando interior, coisa que de vez em quando faço, pude comprovar o que os estudiosos na matéria dizem: que muitas plantas menores, nascem e crescem à sombra árvores grandes.
Por isso, é comum observar que, caindo a árvore maior, em vista da incidência do sol, os arbustos e pequenas árvores morrem.
Partindo dessa observação, pensei em meu pai. Árvore grande e frondosa, na sombra da qual crescemos nós, árvores menores e arbustos, seus filhos.
Meu pai, homem de valor que admiro tanto, com suas virtudes e também com seus limites e defeitos.
Homem sempre atento às coisas da vida, que gosta da leitura à sombra das árvores, que me mostra que às vezes é melhor dar uma parada no estaleiro do que se lançar ao alto mar sem as condições necessárias.
Grande contador de histórias, de sorriso largo, alegre e brincalhão, mesmo nos momentos da adversidade, espalhando no meu caminhar segurança e confiança no futuro.
Homem de fé, por vezes pensativo, sempre acreditando nas pessoas, mesmo indignas de confiança.
Sempre disposto a lutar, com grande generosidade.
Meu pai, paizão, que não admite o diminutivo porque é grande, em todos os sentidos, meu velho, meu amigo, meu conselheiro.
Amigo dos amigos e também dos inimigos, se houver.
Árvore grande que me fez sombra durante muito tempo, até que tivesse condições de suportar a inclemência do sol da vida, mas em cuja sombra sempre me refugio.
Meu pai, que quando eu era criança, pensei que ele sabia tudo e que era o homem mais alto e mais forte do mundo; que na adolescência, pensei que não sabia nada e que era antiguado e nem tão grande assim; que na juventude acheio-o desatualizado e que agora penso que tem bom senso e muita experiência.
Pai. Meu pai...
Que quando eu tentava fugir dos compromissos, sempre me dizia que se não os encarasse, eles ganhavam força e voltavam e voltavam.
Que me ensinou a equidade, mostrando-me que na vida, cada um recebe aquilo que lhe é devido.
Que me mostrou a moderação quando eu pensava que podia mudar o mundo e as pessoas.
Que me falou que nem sempre a maioria nos leva para o lugar certo, quando eu queria ir sempre com a multidão.
Que me disse que bem perto de mim tem alguém com os mesmos direitos que eu, quando eu só tinha olhos para o meu umbigo.
Que me disse que liberdade rima com responsabilidade.
Que me mostrou que eu jamais poderia resolver os problemas dos outros, sem que resolvesse primeiramente os meus.
Que me falou de flexibilidade, diante dos ventos que me açoitaram a vida.
Que me ensinou sobre Deus e de que como ele ajuda os que botam a mão na massa e de que como ele detesta os preguiçosos.
Por isso que hoje, vendo uma multidão de crianças e adolescentes, muitos dos quais caminham a passos largos para o abismo, sem alguém para lhes dar a mão, eu só faço um pedido a Deus: “Que os dê um pai como o meu”.
* O pai do autor é conhecido no Bairro Buritizal como “Seu Costa”, antigo vendedor de madeira. É comum vê-lo, na Rua Hildemar Maia, sentado à sombra de uma arvore, lendo um bom livro.
Foto: Meu Pai, minha Mãe e meu Filho

MEU PAI E OS PATOS


Essa história aconteceu na Macapá dos anos 70, numa daquelas manhãs chuvosas, no bairro do Buritizal.
Aquela Macapá que tinha suas figuras carismáticas que perambulavam pelas ruas: os doentes mentais Cacá e Rubilota, dos quais mamãe dizia que tinham fugido do hospício e que se os visse na rua era para correr deles; ou o "ripe único", um compridão que na nossa mente infantil já tinha rodado todo o mundo e veio parar em Macapá, que não tomava banho e fazia uns "enfeites" pro pescoço e orelha, que pouca gente comprava.
A Macapá dos arraiás de São José que eu e meu irmão Ronaldo íamos visitar, sem que nossos pais soubessem, pois estavam tranquilos nos cultos na Assembléia de Deus da Rua Tiradentes. Essas "festas profanas" que eram realizadas no terreno onde depois o Comandante Barcellos, meio contra vontade de muitos, construiu uma "grande casa" pra artistas (Teatro das Bacabeiras).
A nossa Macapá das tertúlias (não sei o que significa) que era uma festa que era realizada de tarde. De tarde?
A velha Macapá, que ia da fazenda do "Seu Muca" (fim do Buritizal, hoje bairro do Muca) até o Canal do "jandiá". E do Amazonas até o 3º BIS (Quartel do Exército). Por falar nisso, estava outro dia lembrando que o quartel do exército era longe "pacas".
Aquela Macapá, toda prosa, que tinha poucos "guardas" mas que adormecia tranquila, com muita segurança. Em casa as vezes a janela, que tinha por fechadura um trinco de madeira, acabava abrindo com o chacoalhar do vento.
Mas de manhã, tudo estava lá. Esse "tudo" se limitava a algumas panelas, redes, "muchos", lamparinas e um pote de barro, de onde a gente tirava água pra beber.
Pois bem, foi nessa Macapá que um dia fomos acordados por meu pai, com a notícia de que sua "Olé 70" tinha sido "roubada". Deixa explicar pros mais novos que uma "Olé 70" era uma bicicleta comemorativa que a Monark fez na copa de 70.
Desesperado diante da perda de um bem de grande valor e utilidade na qual ele ia trabalhar, estudar no Castelo Branco e ainda ia pra igreja, meu pai era a expressão da apreensão. Uma das primeiras imagens que tenho em minha mente é justamente meu pai "pilotando" esse monstrengo, que tinha uma roda no meio do "varão", com uma caixa de ferramentas de carpintaria na garupa.
- Onde vamos parar" dizia ele, - "não respeitam mais o patrimônio alheio".
O larápio tinha tido a audácia de entrar num quintal sem cercado e sem portão e pegar o bem, sem nenhum cadeado.
Lamentos e sustos à parte, meu pai foi naquele dia a pé pro serviço.
Estava ele numa "empleita" de construir uma pequena capela, no cemitério do bairro Santa Rita, na companhia de seu amigo Pedro.
Lá pelas tantas, perto da hora do almoço, quando já colocava o telhado, meu pai viu o gatuno passar folgadamente "charlando" em sua "Olé 70". Pediu rápido a bicicleta do Pedro e saiu em disparada pela Santos Dumont até alcançar o meliante. Emparelhando, deu um pisão na bicleta, que veio ao chão. O Ladrão, não vendo outra alternativa, saiu em desabalada carreira.
Ao recuperar a bicicleta, meu pai notou que na garupa estava um paneiro cheio de patos bem gordinhos, talvez fruto de outra empreitada criminosa do ladrão de bicicleta.
Recordo que quando meu pai chegou em casa, não se continha de tanta felicidade por ter recuperado a "magrela" e contava para nós e também para os vizinhos, pois nesse tempo nenhuma cerca dividia os quintais, sua grande façanha.
Ao ver o paneiro de patos, minha mãe ficou muito alegre, pois naquele dia colocara apenas o velho feijão com arroz no fogo e um "patarrão" daquele ia complementar a "bóia".
Ao se preparar para pegar os "quá quá", meu pai obstou sua ação dizendo que ela nada poderia fazer com os patos. Aturdida, minha mãe queria saber o motivo de poupar do almoço aquelas aves "cagonas" e meu pai explicou a ela que os patos já estavam na garupa quando recuperou a biclicleta.
- "Vou devolver na delegacia", dizia ele, para assombro de dona "Loló".
Minha mãe argumentava que, como ninguém sabia de quem eram os patos, podiam ficar pelo menos com um deles para um gostoso ensopado e que se entregasse na delegacia, outro destino não seria dado.
Meu pai, fechando a discussão disse: - "Não quero saber se a polícia vai ou não entregar pro dono, o certo é que os patos não são meus e não posso ficar com eles".
Quando essa história aconteceu eu tinha uns seis anos e estava começando a "desemburrar" na Escola Roraima, mas hoje, com 39 anos, casado, pai e magistrado, quando me vejo diante de uma questão moral e ética, me vem sempre à mente a história de meu pai e os patos.
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O pai do autor é conhecido no Buritizal como "Seu Costa", que depois de ser carpinteiro, se tornou comerciante de madeira e construiu um bom patrimônio sem precisar ter comido o pato alheio.
Foto: Comício na Cândido Mendes no final dos anos 60

DEVOLVIDAS EM MELHOR ESTADO


Devolvidas Em Melhor Estado

"Como o cervo anseia pelas correntes das águas, assim a
minha alma anseia por ti, ó Deus!" (Salmos 42:1)

Sócrates tinha um empregado, de confiança, que ao ver outras
pessoas dando presentes ao seu mestre, veio a ele, certo
dia, e falou: "Eu gostaria de lhe dar presentes como outros
o fazem, mas, nada tenho a lhe oferecer. Quero, então,
dar-lhe minha própria vida". Vendo que a oferta de seu
empregado era séria, Sócrates lhe disse: "Eu aceito sua
oferta". Depois, começou a promover-lhe até colocá-lo como
líder de todos os outros empregados. Então, chamando-o à sua
presença, falou: "Eu agora lhe devolvo a sua vida, bem
melhor do que a recebi".


Até que ponto temos nos colocado à disposição do Senhor?
Temos Lhe confiado a vida ou apenas uma parte dela? Temos
Lhe dado o melhor ou apenas sobras de nosso tempo?


Muitas vezes nos questionamos sobre bênçãos não recebidas. A
demora não será, talvez, pelo fato do Senhor querer, ainda,
nos ensinar alguma coisa? Não estará faltando algo em nosso
relacionamento com Ele? A bênção sempre está disponível,
mas, Deus deseja que nós a recebamos e sejamos
verdadeiramente felizes quando isso acontecer.


Como é maravilhoso podermos ouvir do Senhor Jesus o
comentário: "Servo bom e fiel"! Como é gratificante ouvir de
outras pessoas: "Vejo em seu rosto um brilho especial que
mostra que você serve a Deus". Como seria estimulante se
tivéssemos a certeza de que todos os nossos passos e que
todas as palavras que proferimos, engrandecessem o nome do
nosso Salvador. Haveria muito mais refrigério em nossos
corações e uma motivação muito maior em tudo que fazemos.


Deus dá presentes e riquezas espirituais a todos que se
oferecem, com sinceridade, a Ele. Bom seria se fosse real,
em nossas vidas, o que cantamos em um velho hino: "A minha
vida eu entrego a Deus; pois o Seu Filho Ele entregou por
mim. Não importa onde for, seguirei meu Senhor; sobre terra
ou mar, onde Deus mandar, irei."

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DEPRESSÃO



"As minhas lágrimas servem-me de alimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus? Lembro-me destas coisas enquanto dentro em mim derramo a minha alma: de como eu ia com a multidão, guiando a procissão à casa de Deus, com gritos de alegria, e louvor entre a multidão festiva. Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, meu Salvador e meu Deus. Ó meu Deus, dentro em mima minha alma está abatida"
(Sl 42.3-6a)

Talvez o melhor seja idealizar alguém em depressão. Vamos chamá-la de Rosa Maria. Rosa Maria não se importa com o que lhe acontece, não cuida da aparência, não troca de roupa, não penteia direito os cabelos, não prepara as comidas, e prefere sentar-se diante da TV ou escapar da vida dormindo. Dorme muito, ou passa a maior parte do dia sonhando de olhos abertos. Tem pensado na morte. É como milhões de outras pessoas no mundo, entre elas Van Gogh, Humberto de Campos e Augusto dos Anjos.

Alguém chamou a depressão de "inferno particular". O que o é, na verdade, para muita gente, apesar de que seja normal que de vez em quando nos sintamos em altos e baixos, pois como a solidão faz parte da vida. Todos sofremos o seu impacto vez por outra. Porém, quando nos sentimos em baixo ('na fossa", ou "em baixo astral", na linguagem da Nova Era), a maioria das vezes, ou choramos à menor provocação, aí temos um caso clínico de depressão. Nessa situação quem está deprimido não quer saber de alimentos, de deveres conjugais, ou até de ver outras pessoas. Nada parece dar certo, e até parece que Deus se esqueceu de nós.

Há quem se deprima com um céu cinzento, com alguém pedindo esmola, e alguém me disse que fica deprimido quando passa pelo Maciel . É isso: na estrada da vida, há obstáculos e perigos. Um deles é o vale da sombra da morte, outro é um abismo chamado Depressão.

O deprimido é alguém que se torna abatido, triste, cheio de melancolia, desanimado porque do alto foi empurrado para baixo. Geralmente, as mulheres sofrem mais que os homens. Lembremos, no entanto, que a depressão de uma pessoa pode parecer totalmente diferente da de outra. Por isso, as reações variam: um pensa em morrer, outro quer viver, outro acha que todos o estão traindo.

As diferenças acontecem porque as pessoas são diferentes: uma pessoa histérica vai ficar mais histérica ou hostil, um obsessivo mais obcecado, um desconfiado ficará com a confiança incrementada. A oração do salmista é a que se encontra no Salmo 77.1-10

OS SINTOMAS

Convém reconhecê-los porque quase todos nós temos um amigo ou parente que apresenta esses sintomas:

* Insônia ou comportamento irregular do sono, resultando que a pessoa afetada acorda cansada;
* Apatia, pouca concentração, não lembrando, sequer, o que leu;
* Perda de apetite a comida parece sem sabor;
* Cansaço crônico;
* Indecisão, tornando-se impraticável decidir até sobre pequenas coisas;
* O amor e a afeição diminuem, pois o deprimido considera os amigos mais chegados como antipáticos; há um desejo de se afastar dos outros;
* Diminuição ou perda total de interesse nas pessoas, coisas, idéias, igreja, coisas espirituais;
* Irritabilidade, agressividade, comportamento explosivo, dando como conseqüência que o deprimido não pode controlar a sua irritabilidade sobre coisas pequenas do dia a dia;
* Remorso pelo passado, por coisas que não deveria fazer, mas fez;
* Choro involuntário;
* Desespero; aliás, ensina um estudioso do assunto que são três os estágios da depressão: Ameno, quando se dá o desalento; Sério, ao vir o abatimento; Grave, quando cai o desespero. Dizem ser "difícil continuar vivendo", expressão muito ouvida, por sinal;
* Auto-depreciação, com expressões do tipo "Tudo o que eu faço sai errado";
* Baixa auto-estima, ou seja, a sensação de não ser amado ou que ninguém se interessa por nós.

A depressão é coisa séria, sendo que outros sintomas são: perda de energia, pessimismo, hipocondria, autocrítica; sentimentos de culpa, de vergonha, de desamparo; sentimento de que não é digno; perda de interessa no trabalho e/ou na vida sexual, tensão, tendência a acidentes, trabalho compulsivo ("ergolatria").

CAUSAS DA DEPRESSÃO

A situação existencial está entre as principais causas deste mal. É como se vive no trabalho, no lar, na escola. O emprego que não oferece recompensa, mas não pode ser deixado porque não há outro em vista; muita tensão de horários e prazos; tensão doméstica, econômica, déficit de sono, pouco exercício físico, problemas pessoais, problemas de criação, problemas na infância, problemas de relacionamento, distância de Deus, a meia-idade (difícil para o homem, ainda mais difícil para a mulher), desapontamentos, enfermidade, depressão após o parto, rejeição, alimentação inadequada, efeito de entorpecentes, perda de emprego, perda de posição, perda de pessoas queridas por morte, divórcio, abandono etc., etc.

Outras depressões não têm sentido aparente, porém, na verdade, são provocadas por um desequilíbrio interno, como desordens glandulares ou hipoglicemia.

A verdade é que a depressão é uma condição da qual Satanás se aproveita para tornar o povo de Deus inútil para a Obra do Mestre, e o Inimigo usa o estado de pressão para levar a sentimentos de culpa, e mesmo o conhecimento da graça e da misericórdia do Pai não parece ter poder para ajudá-los. Assim vem a autocondenação. Entende o cristão deprimido que Deus dá perdão, mas não o experimentou ou acha que não foi salvo ou que perdeu a salvação (coisa que a Bíblia não ensina), ou ainda que cometeu o pecado imperdoável (sem saber defini-lo). Satã ataca o cristão com o cansaço que deprime, e, assim, vem o sentimento de fraqueza, ansiedade e medo. Medo da morte, medo do amanhã, mede de gente, medo de coisas específicas, e medos maldefinidos também.

A BÍBLIA E A DEPRESSÃO

A Bíblia não discute a depressão, mas há narrativas e exclamações que deixam transparecê-la. É o caso do Salmo 69, do 88 e do 102. A Palavra de Deus se caracteriza pelo realismo, razão porque não esconde o sofrimento da depressão. Jó (capítulo 3), Moisés (Números 11.10-15), todo o Povo de Israel (Êxodo 6.9), Elias (1Reis 19), Jonas (4.1-3), Jeremias (as Lamentações), Pedro (Mateus 26.75), Jesus no Getsêmani (Mateus 26.37,38). O Novo Testamento Vivo verte a experiência de Jesus do seguinte modo: "... (Jesus) levou Pedro e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João com Ele, e começou a sentir-se cheio de angústia e tristeza. Então disse-lhes: 'Minha alma está cheia de pavor e tristeza, a ponto de morrer... fiquem aqui... fiquem acordados comigo'".

No entanto, em todos os casos acima o que levaria ao desespero cede lugar à esperança, e repousa na fé inabalável em Deus, e na certeza da vida abundante. É tão somente recorrermos às expressões do Salmo 34.15-17 ou Mateus 5.11,12, João 14.1; Romanos 8.28, e a palavra de Paulo, apóstolo, em Romanos 15.13: "Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa crença, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo".

UM PASSO ALÉM DA DEPRESSÃO

Deus não quer que soframos e nos dá ajuda a quem se acha deprimido. A primeira coisa que o crente tem de compreender (podemos chamá-la de primeira etapa ou primeiro passo) é que necessita de Deus porque não pode ajudar-se a si próprio. Um bom lembrete são as palavras do Salmo 23: "O Senhor é o meu pastor... guia-me... tu estás comigo". O de que necessitamos é dependência de Deus. Ele prometeu Sua presença viva e constante conosco:

"Quando passares pelas águas, estarei contigo, e quando passares pelos rios, eles não te submergirão. Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti"(Is 43.2).

Jesus ensina que veio para que tenhamos uma vida plena, diferente, melhorada, especial, rica de bênçãos, ou, para usar suas próprias palavras, "vida abundante". Por essa razão, não podemos entender como pode um crente em Jesus Cristo recusar a maravilha dessa vida especial e diferente que Cristo oferece para viver na pequenez e limitação de uma vida cheia de depressão?!

O segundo passo é o seguinte: se vier a depressão física, será preciso um tratamento médico. Se a causa for outra, busque um terapeuta, um psiquiatra cristão, um psicanalista, ou um pastor treinado em aconselhamento. No entanto, como cristãos temos algo a nosso favor: é um conhecimento de nós mesmos, e de Deus e de Sua graça.

A terceira coisa é que a depressão deve ser combatida com armas espirituais. Em depressão, não fique só:

* Busque companhia, um amigo, um confidente com quem dividir a carga;
* Trabalhe: a atividade física há de aliviar a tensão;
* Transforme a tristeza em algo criativo; empregue seu tempo;
* Aja com fé; a fé crê que Deus está presente mesmo nas trevas.

O quarto passo: não fique remoendo injustiças ou fracassos. Peça a Deus que o ajude a esquecer o passado, a perdoar os que pecaram contra você e a se perdoar.

Uma quinta etapa é usar a arma do louvor, pois é uma terapia espiritual. Aliás, a sabedoria popular até ensina que "Quem canta seus males espanta". Quando louvamos, adoramos; quando louvamos, oramos; quando louvamos, agradecemos; quando louvamos, pedimos. Louvamos a Deus pelo que Ele é e pelo que fez em Jesus Cristo.

Um exemplo de depressão vencida é a história do profeta Elias. Por três anos, batalhou vitoriosamente contra os quatrocentos e cinqüenta profetas do deus Baal. Recebeu uma ameaça de morte da rainha Jezabel (1Rs 19.2), entrou em depressão (v.4), esqueceu-se do poder de Deus e fugiu cento e cinqüenta quilômetros no deserto.

Na sua história, há quatro fatores para vencer a depressão:

* Descanso (vv.5-8). Elias descansou, alimentou-se e viajou mais quarenta dias;
* Desabafo (vv. 9,10). Deus lhe disse, "Elias, conte-me o que aconteceu com você", e ele desabafou. Faça o mesmo: conte a Deus, conte a um bom amigo que lhe seja instrumento de Deus;

Elias tece uma nova consciência de Deus (vv. 11,12). Na entrada da caverna estava Elias: o vento forte quebrou as pedras, o terremoto deslocou os montes e o fogo foi devastador. São todos demonstrações poderosíssimas da grandeza, majestade e força do Criador, "mas o Senhor não estava lá" veio uma brisa tranqüila, suave e calma... e Deus ali estava. Elias, portanto, não estava só!

Se assim é, volte à atividade! Volte à vida! (vv. 13-16). Deus diz a Elias duas coisas:

(1) você foi chamado para ser profeta, por isso irá ungir três homens, um dos quais irá sucedê-lo, e

(2) Deus lhe assegura que sete mil fiéis estão do seu lado. Você, meu irmão em Jesus Cristo, está na mesma condição: foi chamado para as riquezas da graça de Cristo, recebeu a unção do Espírito Santo, tem ao seu lado a unidade dos fiéis, da igreja que o ama e ora por você.


Fonte: www.presbiterianismo.com.br. Atualmente esse site não mais se encontra no ar.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

SABEDORIA

"Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos
que vos perseguem" (Mateus 5:44).

Conta-se que para se conseguir um favor de Samuel Johnson, o
grande escritor inglês, era bastante ofendê-lo ou causar-lhe
algum dano. Era sua característica perdoar os inimigos e
orar por eles. Emerson, disse de Lincoln: "Seu coração era
tão grande quanto o mundo, mas não havia lugar nele para
guardar a lembrança de uma injustiça". Spurgeon aconselhou:
"Cultive tolerância até que seu coração produza uma boa
colheita dela. Ore por uma memória bem curta sobre toda
afronta recebida". É desta maneira que uma pessoa sábia age.


Quando reagimos a uma injúria retribuindo da mesma maneira,
tornamo-nos semelhantes àqueles que nos feriram. E será que
a vontade de nosso Deus é que sejamos iguais aos que não
andam segundo a Sua Palavra?


A grande diferença entre o filho de Deus e os que o
rejeitam, é a forma de lidar com os que lhe fazem mal. Ele é
capaz de demonstrar amor quando a ocasião sugere uma
vingança, de persistir na verdade quando a mentira se mostra
mais vantajosa, de estender as mãos para os que lhe viram as
costas. Sua vida brilha enquanto os que lhe maltratam se
escondem nas sombras.


Uma das coisas mais difíceis na vida de uma pessoa é perdoar
os inimigos. E isso não é diferente na vida de um cristão.
Normalmente a dor custa a passar, a ferida é de difícil
cicatrização, a mágoa e o ressentimento recusam-se a sair.
Mas é nessa hora que precisamos colocar nossas vidas no
altar do Senhor, pedir-lhe forças e determinação em perdoar.
Queremos glorificar o Seu nome e esta é a única forma de
consegui-lo. Não somos deste mundo e, portanto, não podemos
seguir seu exemplo.


Aqueles que se deixam dirigir por Deus são sábios. Os que
não andam de conformidade com o mundo são sábios. Sejamos
todos sábios em todo o nosso procedimento.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

ESPERANÇA



“... Quero trazer à memória o que me pode dar esperança...”Lamentações 3:21

Quantas são as lembranças que cada um de nós carregamos ao longo de nossas vidas. Algumas delas são boas e nos trazem grande alegria, porém outras são ruins e na maioria das vezes não queremos relembra-las.

De uma certa forma somos moldados e formados pelas nossas lembranças e isto reflete na maioria das vezes no nosso dia-a-dia.

O livro de Lamentações foi um livro escrito num contexto de morte e destruição. Aqui o pano de fundo é a destruição de Jerusalém em 586 a.C. por Nabucodonosor, rei babilônico o qual levou muitos judeus cativos para a Babilônia. É nesta situação de destruição e escravidão que o autor de Lamentações diz que “quer trazer à memória o que pode dar esperança” ou o que ele esperará.

Passados mais de 2.500 anos de quando esse texto foi escrito, temos sempre que trazer à memória que em Cristo Jesus, nossa esperança não é vã e não tem fim! Que nEle podemos confiar! Apesar das circunstâncias e dos problemas Ele sempre está e estará conosco como Ele mesmo disse “eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos...” (Mateus 28:20).

Como igreja, somos chamados a anunciar a esperança de vida que há em Cristo para todos aqueles que já perderam a memória de quem são (como pessoas e seres humanos) e da esperança que os motiva a viver.

Como corpo de Cristo, Embaixadores de Deus, temos a missão de irmos e anunciarmos as Boas-Novas de que no Filho de Deus há vida! E não apenas anunciarmos, mas vivermos e praticarmos os valores do Reino de Deus, num mundo onde a falta de memória é presente, onde a vida de Cristo se faz urgente em meio a uma sociedade destruída.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

MEU FILHO



Puro amor de minha alma
Estrela linda e brilhante
De rostinho fascinante
Razão desse meu viver
Orgulho, carinho...bem querer.

Es toda a felicidade
Na minha vida meu filho
Razão de todo amor
Iluminando meus dias
Que Deus te abençoe pra sempre
Um anjo em forma de gente
Eu te amarei para sempre.



Suave riso inocente
Infinita admiração
Luz divina e reluzente
Voce meu filho querido
Amor... pulsar do meu coração

Para meu filho Heliaquim, pela passagem de seus 19 anos (31/07)

A Distância Do Joelho




"Fizeste-me conhecer os caminhos da vida; encher-me-ás de
alegria na tua presença" (Atos 2:28).


Jim Elliot disse: "Deus está, até agora, em seu trono e o
homem está, até agora, em sua banqueta. Entre os dois existe
apenas a distância do joelho." (Charles R. Swindoll)


Aonde temos ido para buscar as bênçãos almejadas? Que
caminhos temos percorrido na busca por nossos sonhos? Onde
temos esperado encontrar Deus?


Muitas vezes trilhamos o caminho da ambição, crendo que a
nossa vitória está ali. Outras vezes nos associamos à
desonestidade achando que é o melhor atalho para as grandes
conquistas. Até mesmo enveredamos por charcos de lama
julgando que "vale tudo" quando o propósito é chegar ao
lugar almejado.


Como nos enganamos quando assim procedemos! Nada disso nos
garante a vitória. Pelo menos, não a vitória que dá prazer,
que alegra o coração, que nos leva à felicidade.


Bem-aventurados somos quando confiamos a nossa vida ao
Senhor e fazemos de nosso relacionamento com Ele a base de
todas as nossas aspirações. Se o nosso desejo é aprender a
amar, ninguém melhor do que o nosso Deus para nos ensinar.
Ele é amor! Se o nosso desejo é viver abundantemente neste
mundo, sem nos contaminar com as práticas mundanas, quem
melhor poderíamos buscar para nos dar essa bênção? Ele é a
Vida. Se a nossa alma anseia pelos portos das grandes
vitórias, que melhor direção deveríamos seguir? Ele é o
Caminho.


E onde está o nosso Deus para que nos aproximemos dEle? Bem
próximo, junto a nós, de braços abertos para nos receber.
Basta dobrarmos os nossos joelhos. Estaremos com Ele,
falando com Ele, ouvindo a Sua voz, sentindo o Seu amor.
Apenas um simples dobrar de joelhos, e as bênçãos celestiais
serão derramadas sobre a nossa cabeça.


Deus é muito bom! E nós somos Seus filhos! Que alegria maior
poderíamos ter?

sábado, 1 de agosto de 2009

Abrindo A Porta Do Coração




"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz,
e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e
ele comigo" (Apocalipse 3:20).

Um coração cheio de amor é um coração feliz. É amável para
com todos; é um coração que tem prazer em compartilhar; é um
coração que sabe perdoar. Você tem um coração cheio de amor?

O mundo atual parece um caos. Andamos pelas ruas e vemos
pessoas indo e vindo. A maior parte delas está com pressa,
tem muita coisa a fazer, muitos interesses a realizar.
Poucos se falam, poucos se cumprimentam. Não há tempo a
perder -- e tempo é dinheiro.

O que está errado? Há algo errado? Parece que alguma coisa
está faltando nos corações... falta amor. E por que falta
amor? Porque falta Deus. Deus é amor e só haverá amor nos
corações quando os esvaziarmos de nossos interesses e,
abrindo suas portas, deixarmos o Senhor entrar.

O que tem ocupado o lugar do amor em nossos corações? Mágoas
do passado? Ressentimentos contra parentes e amigos? Egoísmo
exagerado? Complexos de superioridade... ou inferioridade?
Isso nos dá prazer? Com certeza a resposta é "não".

Que tal fazermos imediatamente uma faxina? Vamos varrer tudo
e receber um novo convidado -- o amor. Com ele presente, o
nosso coração estará sempre aberto para o perdão, para o
reconhecimento do valor dos amigos, para o desejo de ajudar,
para a alegria e a felicidade.

Com o amor presente e Deus dirigindo cada momento de nossas
vidas, nossos dias serão mais animados, haverá mais sonhos a
realizar e mais bênçãos a receber.

Abra o seu coração para Deus... para o amor... para uma vida
verdadeiramente abundante.