terça-feira, 15 de setembro de 2009
VOCÊ GOSTA DO QUE FAZ?
“Se alguém não gosta do que faz, não deve fazer.” (Ryoki Inoue)
Estava lendo o site do Ryoki Inoue e chamou-me a atenção esta frase. Ryoki é considerado o escritor mais produtivo do mundo, já publicou mais de 1000 livros de sua autoria. Não conheço o conteúdo da sua obra (soube dele por causa de uma reportagem sobre autores de romances) mas a frase explica em parte a sua excepcional capacidade produtiva. Se não gostasse de escrever ou de ser imaginativo certamente não conseguiria os resultados que consegue.
Durante a minha vida já estive em várias situações onde tive de fazer o que não gostava. Mesmo quando estava trabalhando em um projeto que eu tinha interesse e paixão, era obrigado a cuidar de detalhes ou tarefas que não eram do meu agrado. Essas eram atividades necessárias para conseguir atingir o objetivo e levar o projeto ao sucesso. Todas as atividades humanas têm essa característica.
Existem pessoas, no entanto, que assumem projetos que não são do seu interesse ou se colocam em situações que não são confortáveis para elas. Em vez de ter apenas algumas atividades que não são do seu agrado, acabam tendo a vida enroscada em algo de que não gostam. Em vez de ter momentos de tensão, passam a viver uma tensão contínua. Em vez de viver em paz e alegria, passam a desejar experimentá-las de vez em quando para ver se conseguem ânimo para continuar, torcendo para sobreviverem até que esta fase acabe.
O que as pessoas que passam por isso não conseguem enxergar é que esta situação mina a sua capacidade, produtividade e criatividade. Elas necessitam de mais energia para conseguir atingir os resultados esperados, pois terão de vencer primeiro o seu próprio estado emocional. Por ter de despender mais energia, elas imaginam que estão trabalhando muito e portanto conseguindo bons resultados; o que pode não ser verdade.
O apóstolo Paulo escreveu, em 1 Coríntios 13, algo parecido com o que o Ryoki escreveu, mas de um ponto de vista diferente. Ele diz que não adianta fazer o que faz se não fizer com amor.
Se você não ama aos pobres, não adianta dar o que tem para eles. Se não ama aos doentes, não adianta tentar curá-los. Se não ama aos irmãos, não adianta ser diácono. Se não ama a igreja, não adianta ser pastor. Vai fazer mal feito, na melhor das hipóteses.
Mudar isso pode significar uma ruptura. Se o problema é o seu trabalho, pode ter de enfrentar o desafio de trocar de emprego, com todas as consequências que isso trás. Se for ministério, pode ser que tenha de dar tempo para ouvir de Deus a orientação. Se for um relacionamento, pode ser necessário uma conversa difícil.
Se a mudança externa não é possível, então é necessário uma mudança interna. Teremos de tomar a decisão de amar. E como isso é muito difícil pelas nossas próprias forças, temos de pedir a Deus que nos dê a capacidade de amar, mesmo que nossos sentimentos não acompanhem a decisão.
Com certeza, ao fazermos tudo por amor, nossa atitude mudará e nossos sentimentos acabarão por acompanhar a mudança de atitude. Com isso, é muito provável que as tarefas, mesmo aquelas que não são as mais apreciadas, se tornem menos estressantes e experimentemos uma vida mais leve de ser vivida. Com as emoções liberadas, a capacidade e a criatividade podem fluir e levar a uma produtividade maior.
“Senhor, ajuda-me a mudar o que for necessário. Se não for possível, ajuda-me a amar aquilo que faço.”
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