terça-feira, 27 de julho de 2010

JOSÉ DE ALENCAR - UMA LIÇÃO DE HUMILDADE


"A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome".

Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer. É o 11º tratamento ao qual se submete.
Veja a entrevista que ele deu sobre o assunto:

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
JA - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público. Ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.
*O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
JA - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.
*Como a doença alterou a sua rotina?
JA - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está
bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho. Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda.
Tenho a minha mulher, Mariza e a Jaciara (enfermeira da Presidência da República) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.Sem drama nenhum.
*O senhor não passa por momentos de angústia?
JA - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.
*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
JA - A doença me ensinou a ser mais humilde.
Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço aDeus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.
*É penoso para o senhor praticar a humildade?
JA - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.
*Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
JA - Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina". O que significa isso? Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.
*O senhor tem medo da morte?
JA - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.
*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria minha esposa, Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Coragem Para Recomeçar Após Uma Queda




"Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas,
nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por
onde quer que andares" (Josué 1:9).




Quando Jim Burke se tornou chefe de uma nova seção de
produtos da Johnson Johnson, um de seus primeiros projetos
foi o desenvolvimento de uma pomada para o peito de
crianças. O produto foi um grande fracasso e Burke esperava
ser demitido. Quando ele foi chamado para ir à sala do
Presidente da Companhia, em vez de repreensão e demissão,
encontrou uma recepção surpreendente. "Foi você a pessoa que
nos custou todo aquele dinheiro?" perguntou Robert Wood
Johnson. "Bem, eu quero parabenizá-lo. Se você está
cometendo erros, isso significa que você está arriscando.
Nós não cresceremos a menos que você tente acertar". Alguns
anos mais tarde, quando Burke se tornou presidente da J&J,
ele continuou a usar aquele mesmo slogan. (Sumário do
leitor, outubro/1991, pág. 62 - Readers Digest)


Burke, o homem de nossa ilustração, foi um vitorioso porque
usou de toda a sua coragem e ousadia na busca de seus
propósitos. Sua determinação lhe concedeu uma grande
vitória, levando-o ao posto máximo da empresa onde
trabalhava. Ele tentou acertar e não desanimou diante do
primeiro fracasso. Ele possuía um sonho e perseverou até
alcançá-lo. Ele olhou para o alvo e seguiu em frente, até
chegar lá.


Muitas vezes nos sentimos fracos, insignificantes, sem
forças e sem vida simplesmente porque não temos a coragem e
a ousadia de lutar por nossos sonhos. Vemos dificuldades em
tudo e levamos em nossas mãos um embrulho de pessimismo,
para ser usado como justificativa no primeiro obstáculo
encontrado no caminho.


E por que agimos assim? Por que desanimamos com facilidade?
Por que fixamos nossos olhos na tempestade se ela logo
passará, dando lugar a mais um dia ensolarado?


Burke errou e caiu... talvez tenha caído outras vezes, mas,
sempre se levantou e continuou sua caminhada. E nós, que
temos a companhia do Senhor, devemos desistir? Claro que
não. Somos mais do que vencedores... com Cristo, nós sempre
venceremos.

Autor: Paulo Roberto Barbosa

terça-feira, 20 de julho de 2010

A coisa mais bela do mundo




Um célebre pintor, que tinha realizado vários trabalhos de grande beleza, convenceu-se, certo dia, de que ainda lhe faltava pintar a sua obra prima.

Em sua procura por um motivo, numa poeirenta estrada,encontrou um idoso sacerdote que lhe perguntou para onde se dirigia.
Não sei, respondeu o pintor.
Quero pintar a coisa mais bela do mundo. Talvez que o senhor possa me orientar.

É muito simples- disse o sacerdote
- Em qualquer igreja ou crença você achará o que procura.
A fé é a mais bela coisa do mundo.
Prosseguiu viagem o pintor.

Mais tarde, perguntou a uma jovem noiva se sabia qual a coisa mais bela do mundo.
O amor- respondeu ela.
- O amor torna os pobres em ricos, suaviza as lágrimas, faz muito do pouco. Sem amor, não há beleza.

Continuou ainda o pintor a sua procura.

Um soldado exausto cruzou o seu caminho, e quando o pintor lhe fez a mesma pergunta, respondeu:
A Paz é a mais bela coisa do mundo. A guerra a coisa mais feia. Onde você encontrar a paz, fique certo de que encontrará a beleza.

- Fé, Amor e Paz.

Como poderei pintá-las? -pensou tristemente o artista.
Meneando a cabeça desanimado, tomou o rumo de casa.

Ao entrar em sua própria casa, deu com a coisa mais bela do mundo.
Nos olhos dos filhos estava a Fé.
O Amor brilhava no sorriso de sua esposa.
E aqui,em seu lar, havia a Paz de que lhe falara o soldado.
Realizou assim o pintor o quadro
"A coisa mais bela do mundo".
E, terminando-o, chamou-lhe "LAR".

terça-feira, 13 de julho de 2010

08 DE JULHO DE 2010 - HERALDO - 42 ANOS



"A CADA DIA, DEUS NOS DÁ UMA NOVA PÁGINA NO LIVRO DO TEMPO. O QUE VAMOS COLOCAR NELA, CORRE POR NOSSA CONTA" Chico Buarque

No dia 08 p.p., Deus me deu mais um ano de vida. Vários amigos mandaram mensagens, me ligaram, me mandaram presentes.
Recebi várias homenagens até o dia de hoje, e olha que já é dia 13.
Recebi tantos presentes que passei mais de uma hora abrindo caixas e lindos pacotes para ver, igual criança, o que continha dentro. Pude ver quanto sou amado e quantos amigos eu tenho.
Sei que tenho muitas falhas, inúmeras fraquezas e debilidades. Cheguei até dizer numa das homenagens que queria ter pelo menos metade das qualidades que meus amigos veêm em mim.
Posso testemunhar do zelo e amor de Deus pela minha vida. Ele sempre cuidou de mim nos mínimos detalhes.
Minha família também completa 42 anos de Amapá, pois foi só minha mãe 'quarentar' viemos embora do Afuá para Macapá.
Fui menino vendedor de chopp, estudante do Roraima, do CCA e da UNIFAP. Fui moleque travesso, jogador de 'caroço' de tucumã.
Cresci no seio de uma família humilde, mas bem estruturada.
Nunca tive grandes sonhos, mas Deus me levou até onde meus olhos nunca alcançaram. Me deu muito além daquilo que pedi ou pensei.
Só me resta dizer OBRIGADO SENHOR, POR MAIS UM ANO.

ABRAÇO


Ele acordou indisposto e irritadiço. Seus pensamentos logo se voltaram para o escritório, lembrando de problemas ainda pendentes de solução, bem como do trânsito que teria que enfrentar. Ficou mais irritado ainda.

Tomou rapidamente um pouco de café, despediu-se da esposa e caminhava para a porta, quando ouviu aquela voz com jeitinho de sono ainda, que, carinhosa e meigamente, lhe falou: Papai, espere por mim!

Ele parou, voltou-se. Ali estava sua filhinha, de 5 anos, de pijama, braços estendidos para lhe dar um abraço.

Abaixou-se, depositou a mala de trabalho no chão, e acolheu-a, demonstrando uma certa pressa.

Ela aconchegou-o num forte e demorado abraço, beijou-o e disse-lhe: Todas as noites eu agradeço ao Papai do Céu assim: Obrigada, Papai do Céu, por tudo. Mas, muito mais por você me ter dado um papai e uma mamãe que me amam.

Deu-lhe mais um beijinho e mais um abraço, dizendo-lhe: Eu amo muito você. Tchau, até depois mais. Estarei aqui esperando por você.

Aquele momento, aquele abraço e aquele beijo tiveram o efeito de algo como uma forte descarga elétrica lhe passando da cabeça aos pés.

Saiu, irradiando alegria por todos os poros. Meio que caminhando nas nuvens. Mudara totalmente seu estado mental. Já não era o mesmo.

No trânsito, dirigiu com a maior cortesia e paciência, distribuindo sua satisfação.

Quando chegou ao prédio do escritório, cumprimentou o garagista do estacionamento com sinceridade.

Adentrou o elevador, tendo dado a vez aos outros que também ali estavam e, sorridente, desejou um autêntico bom dia a todos.

Como há muito ele não fazia, entrou no escritório com um largo sorriso no rosto e cumprimentou cada um dos funcionários com um aperto de mão.

Passou pela sala do seu chefe, pediu licença e entrou. Dirigiu-se até ele, deu-lhe as mãos e o abraçou.

Depois, olhando-o, disse-lhe: Há tempos estou para lhe falar duas coisas. A primeira, é que lhe sou muito grato pela oportunidade que me deu na sua empresa, ao contratar-me.

A outra, é a de que aprendi a devotar-lhe, além do respeito de um funcionário para com seu patrão, grande amizade e reconhecimento, pela sua forma leal de ser para comigo e para com os demais.

Antes que seu chefe se recuperasse da boa surpresa, concluiu: Neste momento estou repassando-lhe um pouco da alegria que minha filhinha me deu hoje, antes que eu saísse de casa.

Ambos sorriram. Nada mais falaram. Foram para seus quefazeres do dia. Os dois já não eram mais os mesmos.

Queridos amigos:
A força de um abraço com carinho e fraternidade pode transformar o mundo, começando por transformar o seu dia ou o dia de alguém, para muito melhor.

Faz tempo que você não abraça seu filho? Há quanto tempo não abraça sua esposa ou seu esposo, como quem abraça um devotado amigo ou uma devotada amiga?

Lembra-se de quando foi o seu último abraço sentido e verdadeiro em seu pai e em sua mãe? Um abraço como se fosse sua oração de gratidão a Deus pela presença deles em sua vida?

Pense nisso! Pense na força de um abraço.