sábado, 31 de outubro de 2009

CRIATIVIDADE OU FÉ?

“Porém ele lhes respondeu: Dai-lhes vós mesmos de comer. Disseram-lhe: Iremos comprar duzentos denários de pão para lhes dar de comer?” (Marcos 6:37 ARA)



Jesus me fascina. Mesmo sabendo que não entenderiam a ordem ou a teriam por impossível, Jesus ordena alimentar uma multidão que com certeza eles nunca tinham visto, muito menos liderado. Mas gostaria de meditar no impasse, na incapacidade de achar solução.

Poderíamos esperar que eles se ajoelhassem e orassem para surgir um caminhão de comida – seria bem espiritual. Poderíamos esperar até que Jesus ordenasse que não tivessem fome, o que seria ainda mais espiritual. Faltou criatividade? Talvez. Faltou fé? Sem dúvida.

Me parece que nós somos muito parecidos com os discípulos neste ponto. Tendemos a olhar para nossos líderes com uma daquelas perguntas do tipo “o senhor está gozando de mim?”. Outras vezes, simplesmente tiramos o time de campo em silêncio (ou não) e fica tudo sem solução. Deus só precisa de uns poucos pães para fazer um milagre – e nós de umas migalhas de fé.

Talvez nem devêssemos ser criativos e sim receptivos. Ao invés de ouvir a voz de Deus queremos criar alguma coisa, mas o criador é Ele. Isso se chamaria fé, claro. Temos de lembrar os ingredientes da receita: desafio, ordem, matéria prima e solução. Neste caso temos multidão com fome (desafio), o dai-lhes vós de comer (ordem), cinco pães (matéria prima) e a distribuição (solução). Quantas vezes Deus propôs algo assim diante de nós?

É chegado um tempo de gerarmos uma fé em nós que não seja contemplativa, de ler a Bíblia e achar bonito. Precisamos ler, entender e praticar. Precisamos enxergar os 5 pãezinhos e com a fé ver neles uma multidão alimentada. Fé para ser fé tem de gerar movimento, ação, provocar resultado. Nada triunfalista, apenas sair do lugar e alimentar os famintos, sejam eles físicos ou espirituais.

“Pai, eu estou cansado de ter ideias brilhantes que não servem para nada, ao mesmo tempo que pessoas ao meu redor morrem de fome. Ensina-me a ter um tipo de fé que me faz criativo na solução das coisas.”

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