quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ESTUDOS BÍBLICOS - SÉRIE ANO NOVO, NOVO TEMPO - ESTUDO 8

ESTUDOS BÍBLICOS – SÉRIE: ANO NOVO, UM NOVO TEMPO PARA SUA VIDA.
ESTUDO 8 - EM BUSCA DE UM NOVO TEMPO
Deus quer a renovação
O Senhor é um Deus de experiências novas. O texto de Gênesis 1 .1 relata: No princípio, criou Deus os céus e a terra. No versículo seguinte, temos: E a terra era sem forma e vazia. De um versículo para o outro, não há indícios de passagem de tempo. Aquele intervalo pode ter sido até de bilhões de anos.
Deus criou um planeta perfeito; nem nos cabe conjecturar por que a terra se tornou caos. Evidentemente, há as interpretações teológicas, entre elas a de uma guerra entre Deus e Satanás, mas isso é uma suposição.
Deus criou a terra, ela tornou-se caótica; e então, será que Deus desistiu do planeta? Absolutamente não! A terra era sem forma e estava vazia.
A narrativa de Gênesis 1 mostra: E disse Deus: Haja luz. E houve luz (v. 3). Mais adiante Ele falou:
haja separação entre águas e águas. Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca (v. 6,9); produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie (v. 11). Mais adiante, Deus criou os animais e o homem (v. 24-2 7).
Deus refez a terra. Mas o processo não termina aqui. Podemos ver claramente como Deus
é renovador lendo Apocalipse 21.1: E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
O exemplo do homem é muito importante nesse movimento constante de renovação. Deus fez o homem perfeito, e ele pecou, tornando-se um ser defeituoso. Deus, então, decidiu refazer o homem. Vejamos 2 Coríntios 5.17: Assim que, se alguém está em Cri sto, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
Surgiu assim um novo homem, transformado, liberto, modificado pelo poder de Jesus. Mas Deus não desistiu de avançar depois de chegar a esse ponto. Ele não ficou satisfeito com o resultado de Sua obra. Resolveu renovar o que já era novo, afirmando em 1 João 3.2, que “quando Jesus se manifestasse, seríamos semelhantes a Ele”.
Isso significa que não sentiremos mais dor, não passaremos por nenhum sofrimento, o pecado desaparecerá e a morte chegará ao fim. Com isso Deus nos mostra que Ele é um Deus de renovação. A própria subdivisão da Bíblia comprova isso, quando está organizada em Antigo e Novo Testamento. A lei mosaica é sucedida por novas leis.
E essa sucessão se consolidou com a vinda de Jesus Cristo. A partir de então, com a nova aliança estabelecida por Deus com a humanidade (Hebreus 8.8-13), Jesus e Seus apóstolos nos deram um novo entendimento das verdadeiras lições do Antigo Testamento.
Passamos a entender a nova lei de amarmos uns aos outros e a nova verdade espiritual que superou o governo da lei (Lucas 10.25-28). Deus é um Deus do novo, da renovação, da nova revelação. O autor de Colossenses 1 .26,27 afirma: o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;
Eis uma nova revelação. Deus é um Deus da renovação. Se desejarmos experiências novas e boas, teremos de mudar. Deus mudou o nosso planeta uma vez e vai mudá-lo outra vez. Deus mudou o homem uma vez e vai mudá-lo novamente. Porque onde não há mudança não é possível haver o novo.
Renovação em nossa vida
O aspecto da mudança está presente em vários momentos das Escrituras. Qual foi o primeiro milagre de Jesus? Transformar água em vinho. Diz-se, a partir de um princípio da hermenêutica (a ciência de interpretação da Bíblia), que, todas as vezes que analisamos um fato ligado a um personagem, podemos estar determinando seu estilo e suas características.
O fato de o milagre inicial de Jesus ter sido transformar água em vinho significa então que todo milagre de Jesus tem como objetivo transformar determinada coisa em algo melhor.
A nossa opção pelo cristianismo, o fato de aceitarmos a Jesus (que se deve a acreditarmos em uma vida nova, na renovação) implica que todo sentimento que nos puxa para baixo e nos prende é responsável por interromper o nosso relacionamento com Deus.
Leia com muita atenção agora. Muitos homens precisam modificar seu relacionamento com a esposa. Precisam mudar seu temperamento agressivo, porque, senão, nada de bom acontecerá e o resultado óbvio será a perda do seu cônjuge. Por outro lado, muitas mulheres precisam entender que também são responsáveis pelos problemas em seu casamento. O mau humor e a indisposição social podem transformar uma princesa em uma bruxa, com vassoura e tudo! É preciso mudar, ou então preparar-se para a solidão.
Já os casais que também são pais precisam rever seu relacionamento com os filhos. Cristãos não podem jamais ofender seus próprios filhos, muito menos xingá-los. O que sai de nossas bocas se torna uma profecia para as nossas famílias. É imprescindível mudar nosso jeito de falar com os nossos filhos.
Em contrapartida, nossos filhos precisam resgatar o respeito pelos pais. É inadmissível que um íilho desafie os pais, muito menos que lhe ponha o dedo em riste. Quem não honra pai e mãe é c:eiíado da terra antes do tempo.
É preciso que mudemos o nosso comportamento na igreja. Existem aquelas pessoas que criticam tudo na igreja; elas precisam mudar. O ambíente da igreja acaba sendo o resultado da nossa carnalidade ou da nossa espiritualidade.
Por isso, precisamos não incorrer nos comportamentos que nos desviam das ações de mudança, tão necessárias para vivermos um tempo melhor.
No caso de um homem de Deus, a rigidez no comportamento é ainda mais importante. Um pastor precisa entender que ele não é dono da igreja; ao contrário, ele é o anjo da igreja.
O pastor tem de se fazer respeitar, sem jamais usar da sua posição para agir negativamente sobre os cristãos que depositam nele a esperança da fé. É preciso modificar, sempre que necessário, a abordagem dedicada às suas ovelhas.
As ovelhas, por sua vez, têm de honrar seu pastor sempre, sem confundir a honra com subserviência e medo. Elas precisarão mudar quando, por exemplo, perceberem que há indícios de manipulação nos cultos.
É fato que existem pessoas dispostas a serem manipuladas pela emoção, chorando ao presenciar o “fogo” em um culto. Evidentemente, devemos respeitar as manifestações de fé, mas desde que não haja manipulação.
Além do mais, é uma questão de amadurecimento evoluir do mero movimento, da sensação de vivenciar o poder de Deus em um culto, para uma situação de estabilidade no trabalho, na família e na sociedade.
Para conquistar um tempo novo, é preciso mudar, saindo da acomodação. É fundamental livrar-se do alcoolismo, abandonar o adultério, aderir à fidelidade total no casamento e desprezar a prostituição e a fornicação, porque nenhum relacionamento é capaz de manter-se quando um dos lados é prejudicado.
Cônjuge, família, falsos amigos, estabilidade aparente, tudo isso desmorona quando não mudamos nossa vida cristã falida, sem graça e sem poder. Realmente é preciso mudar!
Evoluindo para um tempo melhor
Qual é o resultado da mudança em nossas vidas? Ela traz mais conhecimento, oportunidades crescimento. Quando mudamos algo em nossa vida, crescemos. Sempre há algo que precisa ser modificado em nós. Não podemos nos esquecer que, do contrário, seremos governados pela mesmice e pela mediocridade.
O resultado desse desgoverno é o atrofiamento e o retrocesso. Atrofiar significa “encolher”, “diminuir de tamanho”.
Ninguém pode, em sã consciência, desejar uma existência medíocre, passar os seus dias na mesmice. Além de uma vida atrofiada, haverá um retrocesso, que nos afastará de nossos objetivos.
Precisamos entender que as pessoas buscam sempre um novo tempo em Deus. Se isso não acontece, é por causa do desânimo diante de dificu Idades. Mas a natureza do homem é sempre evoluir para um tempo melhor, porque Deus encoraja-nos a mudar, justamente porque Ele valoriza as coisas novas.
Ao contrário do que pensam muitos cristãos, Deus não é um velhinho “borocoxô”. Ele possui todas as qualidades que exaltam Sua grandeza e poder, sem que jamais se possa associar a Ele acomodação.
Se examinarmos os fundamentos do evangelho, perceberemos que eles estão organizados de acordo com uma ordem de mudança voltada sempre para o melhor. Em Romanos 1.1 7, lemos que: Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
Mas essa fé não é sempre a mesma. É uma hoje, amanhã é maior, na semana seguinte é maior ainda e no mês seguinte terá crescido ainda mais. No ano seguinte, será uma fé ainda mais poderosa. Uma nova fé. É exatamente nesse ritmo, de fé em fé. E na fé de que estamos falando residem os fundamentos do evangelho. Em Oséias 6.3 é abordada a questão da aquisição de conhecimento: Conheçamos eprossigamos em conhecer o SENHOR: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
Há um crescimento na intensidade com que conhecemos ao Senhor. Hoje nossa fé tem uma determinada natureza, a qual será maior amanhã, maior ainda no mês seguinte e assim por diante. O conhecimento não é estático, e sim em movimento, sempre em direção a um novo conhecimento.
O crescimento de Jesus deu-se à medida que as experiências espirituais de que participava se acumulavam. Por exemplo, em 2 Coríntios 3.18, podemos ler: Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
Essa glória em questão é aquela que experimentamos em nossas vidas hoje, que amanhã será maior e assim por diante. Nosso conhecimento progressivo nos leva a glórias cada vez mais significativas: E a glória leva à santificação quando prosseguimos na aquisição de conhecimento.
Em Hebreus 12.14 temos a seguinte declaração: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Seguir envolve exatamente estarmos em movimento. A propósito disso, temos a afirmação em 1 Pedro 1.15,16: mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
É interessante notarmos o emprego do verbo ser, que engloba as ideias de presente do indicativo e futuro do presente, estendendo a permanência ao infinito, ser sempre. Somos santos hoje, mais ainda amanhã e assim por diante. É clara aqui a ideia de um movimento de mudança para melhor.
Roguemos ao Espírito Santo que nos ajude a perceber a necessidade de mudanças, de entendermos quando realizá-las, sem precisarmos recorrer ao sobrenatural ou a revelações. É fundamental percebermos em Deus as áreas sobre as quais precisamos agir, o que corrigir e, por fim, compreendermos o que deve ser mudado em nossa vida.
Ouvindo a voz do Espírito, podemos mudar e melhorar nossa natureza, fazendo correções em determinadas áreas, para tornamo-nos pessoas melhores, cristãos melhores, pastores melhores, cônjuges melhores, amigos melhores, pais melhores.
A palavra de um pastor por si só não promove transformações para melhor em ninguém. Mas o doce Espírito sim, porque Ele existe entre nós e confronta a nossa existência. Podemos sentir a unção do Espírito Santo em nossa vida; isso é sinal de que o Senhor está conosco e de que nossa vida, família e casa serão transformadas.
Precisamos, enfim, da mudança, para viver um tempo novo e melhor em nossa vida, tempo este que seja coerente com o tempo novo e melhor com Deus.
Como seres dotados de inteligência natural e espiritual, somos, por isso, exortados a parar por um minuto e pensar. A nossa tomada de decisão deve ser em favor da mudança, como Neemias. Esse homem pensou, mudou e restaurou Jerusalém, seu povo e sua própria vida. Por que nós não podemos fazer o mesmo em nossas vidas? Pensemos nisso.
Pastor Silas Malafaia

Nenhum comentário:

Postar um comentário