segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SÉRIE EM BUSCA DA EXCELÊNCIA - ESTUDO 1 - O CAMINHO EXCELENTE

ESTUDO BÍBLICO - SÉRIE: EM BUSCA DA EXCELÊNCIA
ESTUDO 1 – O CAMINHO EXCELENTE
"Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente" (1Coríntios 12.31b).

Ler esse capítulo 12 de I Coríntios alegra, anima e desafia nosso coração percebendo a riqueza do corpo de Cristo na relação entre os seus membros, a conscientização do papel que cada um tem, das possibilidades de manifestação do Espírito entre nós, para que a obra de Deus se realize na vida de cada um individualmente e na igreja.

Quando chegamos, porém, no final do capítulo, depois de sermos exortados pelo apóstolo a procurarmos com zelo os melhores dons, ele declara que nos mostrará um caminho sobremodo excelente. O que pode ser isso? Que caminho é esse? Para ter uma noção do tamanho disso observe que sobremodo é "excessivamente, além da medida, extraordinariamente" (Aurélio), e excelente é "perfeito, primoroso, exímio, inigualável" (Aurélio). Então não é exagero de Paulo, ou melhor, do Espírito Santo de Deus, o caminho a ser revelado no capítulo 13 é realmente sobremodo excelente.

Vamos ler a primeira parte do texto que nos ajuda a discernir a grandeza desse caminho diante de tudo que Paulo expôs no capítulo anterior e que apresentará no capítulo seguinte:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará." 1Co 13:1-3

Paulo começa a expor a verdade dizendo que esse caminho sobremodo excelente é o amor. Apresenta sem dúvida nenhuma o lugar do amor na vida da igreja. Temos visto ao longo dos anos uma verdadeira corrida pelos dons. Muitos homens e mulheres fazendo "nome e poder" por manifestar alguns dons espirituais. Cheguei a ouvir alguém dizer "agora vou fazer fila para curar". Paulo recomenda "procurai com zelo", zelo pelo Senhor e sua obra, zelo pela igreja de Deus, alvo dos dons. Muitas vezes não vemos uma procura com zelo, mas com orgulho e vanglória.

O apóstolo continua expondo a verdade afirmando que não adiantam os dons sem o amor, não adianta desempenhar seu papel no corpo sem amor. Falar as línguas dos homens e dos anjos só é recebido no trono de Deus se o amor for a base, caso contrário não passa de barulho, é vazio. Você pode profetizar e conhecer os mistérios e a ciência, mas você não será nada se o lastro de sua vida não for o amor. O mesmo será se você tiver uma fé tão grande que faça os montes saírem de um lugar para o outro, mas sem amor. Finalmente, você pode ser aquele membro do corpo funcionando bem, se negando em prol dos outros, dividindo seus bens, chegando ao ponto até de dar sua vida por outro, saiba que não haverá proveito algum se você não estiver vivendo tudo isso por amor.

No primeiro século antes de Cristo, o general Pompeu comandava uma embarcação, com seus marinheiros tomados pelo medo. Para animá-los, o militar cunhou a seguinte frase: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Com isto, queria ensinar ele que ninguém devia parar de navegar por causa do medo de morrer.
Quase 20 séculos depois, o poeta português Fernando Pessoa fez da frase o centro de um de seus poemas, que começa assim:
"Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
`Navegar é preciso; viver não é preciso`.
Viver não é necessário; o que é necessário é criar".

Podemos considerar a frase antiga, retomada por Fernando Pessoa, como equivocada no sentido que não se pode navegar sem viver, nem se pode viver sem navegar. Ouso dizer que boa parte das pessoas tem tomado o conselho ao pé da letra, porque parece apenas navegar, apenas caminhar, apenas seguir em frente, mas sem viver, porque viver exige um roteiro.

Ouso sugerir que era isto que o apóstolo Paulo queria dizer quando prometeu, aos seus leitores, mostrar-lhes um caminho mais excelente (1Coríntios 12.31b).Que caminho é este?
1. É um caminho feito em direção a um alvo.
O alvo intermediário de todo cristão é parecer-se mais com Jesus Cristo, sabendo que sua pátria final é o céu, razão porque o cristão é docemente cativo da esperança. Viver com um alvo significa viver a partir de um projeto de vida, mesmo que mutável.
2. É um caminho feito com as próprias pernas, não com as pernas dos outros.
Quem faz 15 anos sabe que, daqui para a frente, as decisões serão próprias. Não se deve trocar a orientação dos pais pela orientação dos outros, especialmente a orientação invisível da cultura.
Este é um caminho a ser feito contra a superficialidade ("Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" -- Romanos 11.33).
3. É um caminho feito segundo as instruções de Quem conhece todos os caminhos. (Jesus "nos inaugurou um caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne" -- Hebreus 10.20).
Nosso caminho deve ser feito com:
. justiça ("cheios do fruto da justiça, fruto que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" -- Filipenses 1.11)
. verdade (contra um mundo do que parece ser, sem o ser) -- ("Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação" -- Tiago 5.12)
. paz ( "Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor." -- Hebreus 12.14)
. constância ("homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos" -- Tiago 1.8).

Analisemos 3 abordagens sobre o amor que nos desafiam à vivenciá-lo acima de tudo.
I. A necessidade do amor para proveito e realização
A. Línguas dos homens e dos anjos, v.1
A igreja de Corinto dava grande ênfase aos dons espirituais, e "línguas" era um dos dons que eles mais valorizavam, mas que faziam mal uso do mesmo (veja 1 Co. 14).
Além disso, eles valorizavam a eloqüência - no início da carta vemos a preferência que alguns tinham por Apolo, homem eloqüente, com grande poder de oratória.
Mas Paulo afirma que a melhor linguagem sem amor é apenas barulho.
B. Conhecimento e feitos, v. 2
Ainda que tivesse...
"Profecia" - conhecer os mistérios revelados por Deus...
"Ciência" - a súmula da sabedoria humana...
Mas, conhecimento sem amor não é nada!
Ainda que...
"Realizasse Feitos poderosos" - "Tamanha fé", Mc. 11.22,23
Mas, grandes feitos, grandes realizações sem amor não são nada.
C. Atos de misericórdia e sacrifícios, v. 3
Atos de misericórdia - ajudar os pobres...
Ser mártir - entregar o corpo para sacrifício...
Tais coisas, ajudar os outros ou ser um mártir sem amor de nada aproveita.
Se não é a motivação, então o que move as pessoas para fazerem tais coisas? Pode ser a vaidade, a soberba, a ira etc.
A Bíblia nos ensina que "boas ações" feitas com as motivações erradas, não têm nenhum valor diante de Deus, de nada aproveitam.
O que vale é agir movido pelo amor, amor procede de Deus e tem as marcas do Seu Reino.

O Amor é a essência das virtudes cristãs (1Co 13.13) 13.13 A MAIOR... É A CARIDADE. Este capítulo deixa claro que um caráter semelhante ao de CRISTO, DEUS o enaltece acima do ministério, da fé ou da posse dos dons espirituais. (1) DEUS valoriza e destaca o caráter que age com amor, paciência (v. 4), benignidade (v. 4), altruísmo (v. 5), aversão ao mal e amor à verdade (v.6), honestidade (v.6), e perseverança na retidão (v. 7), muito mais do que a fé que move montanhas ou realiza grandes feitos na igreja (vv. 1,2,8,13). (2) Os maiores no reino de DEUS serão aqueles que aqui se distinguem em piedade interior e no amor a DEUS, e não aqueles que se notabilizam pelas realizações exteriores (ver Lc 22.24-30). O amor de DEUS derramado dentro do coração do crente pelo ESPÍRITO SANTO, é sempre maior do que a fé, a esperança, ou qualquer outra coisa (Rm 5.5).

SÉRIE LAR CRISTÃO - ESTUDO 3 - A FAMÍLIA E A IGREJA

ESTUDOS BÍBLICOS - SÉRIE LAR CRISTÃO
ESTUDO 3 - A FAMÍLIA E A IGREJA
1 João 2.12-17
12 – Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.
13 – Pais, escrevo-vos, porque conhecestes aquele que é desde o princípio. Jovens, escrevo-vos, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhos, porque conhecestes o Pai.
14 – Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
15 – Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 – Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17 – E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
INTRODUÇÃO
Dentro do plano divino para salvação da humanidade Deus sempre procurou o bem estar da família (Gn 6.18; 19.12; Êx 10.9), por isso, é de grande importância buscarmos as bênçãos que provém de um lar dirigido pela Palavra de Deus. Veremos a seguir o que pode ser feito, de acordo com a Bíblia, para que possamos experimentar a harmonia entre aquilo que vivenciamos na nossa casa e o que aprendemos na Casa do Senhor.
I – A FAMÍLIA CRISTÃ É PARTE DA IGREJA
DE JESUS
Um dos grandes desafios enfrentados pelos cristãos de todos os tempos tem sido o de apresentar a Deus uma família que se enquadre dentro da Sua vontade. Hoje, mais do que nunca, temos que procurar fazer com que a nossa família seja uma extensão da Igreja. Para que isto aconteça devemos:
1. Deixar Jesus entrar em nossas casas
Não se pode ter uma família feliz se Cristo não for o centro do nosso lar. O Evangelho de Lucas registra algo maravilhoso quando Jesus fala para Zaqueu: “Hoje me convém pousar em tua casa” (Lc 19.5). Prontamente Zaqueu tomou a decisão mais correta da sua vida e levou para sua casa alguém que mudaria para sempre a sua história. Foi, sem dúvida alguma, o hóspede mais ilustre que ele recebeu. Na atualidade muitas coisas negativas têm encontrado espaço nas famílias que se dizem cristãs, seja através da mídia, das amizades impróprias (jugo desigual), de tantos outros agentes do mal que têm se apropriado do espaço que deveria ser dado ao Senhor. Em muitas famílias Jesus não é mais bem vindo, apesar de estar sempre batendo à porta, mesmo estando do lado de fora. A família que abrir as portas para Ele, como fez Zaqueu, poderá experimentar uma mudança imediata que será benéfica para todos os seus membros (Ap 3.20).
2. Viver no ambiente familiar os ensinos de Jesus
Só podemos afirmar com convicção que Cristo está na nossa família se obedecermos aquilo que Ele nos ensina. É inconcebível que alguém pregue a respeito da paz quando, na sua casa ele agride o seu cônjuge (Ef 5.22,25), ensine a respeito do amor quando a sua vida familiar mostra exatamente o oposto (1 Tm 3.5), corrige o mundo em que vive mas não disciplina os seus filhos (Pv 23.13). Quem permite que Jesus entre em sua casa deve, da mesma forma, ouvir os seus conselhos e colocá-los em prática (Lc 6.49) . Observe a reação de Zaqueu após ter permitido que o Senhor entrasse no seu lar e anunciasse a Sua Palavra: Passou a ser um homem solidário, honesto e íntegro (Lc 19.8) e depois de tudo ouviu do próprio Salvador a seguinte afirmação: “Hoje veio salvação a esta casa” (Lc 19.9). Podemos constatar que, a partir daquela visita o lar de Zaqueu passou por uma transformação completa. Não adianta servirmos a Deus unicamente no ambiente da Igreja.
Devemos deixar Jesus entrar nos nossos lares, ouvirmos os seus conselhos através da Bíblia, e vivermos o que Ele nos ensina. Isto fará com que nossa casa seja um “pedaço do céu” (Sl 128).

II – CONSAGRANDO OS FILHOS A SERVIÇO
DA IGREJA
Quando usamos a palavra consagrar, como neste contexto, estamos dizendo o mesmo que dedicar, oferecer a Deus os nossos filhos para que Ele os use de acordo com a Sua vontade. O propósito do diabo desde os tempos remotos é o de impedir que tal consagração ocorra. Observe uma das propostas de Faraó a Moisés ainda no Egito: que as crianças e as mulheres ficassem, enquanto os homens fossem servir a Deus no deserto (Êx 10.10,11). A mesma proposta é lançada para os crentes atuais quando o inimigo sugere que nós não precisamos levar as crianças para a igreja, que podemos deixá-las em nossas casas enquanto iremos adorar ao Senhor, que eles são muito novos para servirem a Deus e etc. Por isto devemos consagrar os nossos filhos ao Senhor mesmo antes deles nascerem para que suas vidas sejam direcionadas pela vontade de Deus Leia na sua bíblia os exemplos de Ana (1 Sm 1.11,28), Abraão (Gn 22.12), Zacarias e Isabel (Lc 1.13,63) e Maria (Lc 2.22,23)
III – CONSAGRANDO OS BENS AO SERVIÇO
DA IGREJA
Os bens materiais que Deus colocou em nossas mãos devem ser administrados visando o crescimento do Reino de Deus. Na família que serve a Deus em espírito e em verdade não deve haver egoísmo, ambição nem avareza. Devemos consagrar a Deus todos os nossos bens como casa, emprego, salário, carro, móveis, etc. Agindo assim estaremos colocando tudo nas mãos de quem realmente é o verdadeiro dono. Devemos manter uma atitude de:
1. Voluntariedade
Tudo que consagramos ao Senhor só será aceito se partir de um coração voluntário, visto Deus não aceitar oferta que é trazida sem espontaneidade. Barnabé exemplifica esta verdade ao vender sua propriedade, que indubitavelmente já havia consagrado a serviço da igreja, e trazer o valor correspondente à venda, depositando aos pés dos apóstolos (At 4.37). Ao contrário de Ananias e Safira que ao invés de oferecerem voluntariamente ao Senhor o dinheiro, simularam que estavam entregando tudo, usaram de falsidade e mentira e foram punidos com a morte. (At 5. 1-10)
IV – MANTENDO O MINISTÉRIO EM ALTA ESTIMA
PERANTE OS MEMBROS DA FAMÍLIA
Todos os itens acima expostos serão de pouca valia se houver uma postura de descrédito na relação família-ministério eclesiástico, pois como será a família parte da igreja de Jesus, os filhos e os bens consagrados a serviço da igreja se nós menosprezamos a autoridade ministerial? Para isso é necessário:
1. Vigilância
Evitar criticar o pastor e demais liderança diante dos nossos filhos. Isto pode distorcer a sua visão e fazer com que ele não se submeta aos ensinamentos cristãos e perca o interesse pela igreja (Tg 4.11).
2. Respeito
Toda autoridade é constituída por Deus e quando esta verdade está relacionada ao ministério da igreja do Senhor Jesus, tem um peso de importância infinitamente maior. Será difícil para um membro da nossa família “desejar o episcopado” (1Tm 3.1) se não houver da nossa parte o respeito necessário ao ministério.
3. Obediência
A melhor maneira de se exigir obediência de alguém é mostrar que se é obediente a outrem. Obedecendo ao nosso pastor teremos uma grande oportunidade de mostrar à nossa família a importância da função que ele está exercendo, cuidando das nossas almas.
CONCLUSÃO
Deus espera que façamos tudo o que Ele nos ensina para que nossa família seja parte da igreja. Se O obedecermos incondicionalmente poderemos dizer como Josué: “…eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.25). Caso contrário lamentaremos a ausência de Jesus da nossa família como Marta que disse: “Se tu estivesses aqui meu irmão não teria morrido”.(Jo 11.21)
1. Você tem colocado seus filhos à disposição de Deus?
2. Tudo o que Deus te deu está consagrado a Ele?
3. Qual é a imagem que você tem levado para sua família do ministério da sua igreja?

SÉRIE LAR CRISTÃO - ESTUDO ´2 - O LAR CONSAGRADO

ESTUDOS BÍBLICOS - SÉRIE LAR CRISTÃO
ESTUDO 2 - O LAR CONSAGRADO
Leitura: Salmo 127
INTRODUÇÃO
O apóstolo Paulo, usado por Deus e em resposta ao carcereiro de Filipos, (At 16.31) deixou uma mensagem explícita não apenas para aquele homem, mas para toda a humanidade: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa”. Esta é uma promessa que se estende a toda a casa daquele que crê, numa clara indicação de que Deus tem interesse em abençoar a família e não somente o indivíduo. No entanto, o que temos visto são filhos e filhas de crentes entregues aos prazeres mundanos e carnais, entre os quais, o vício das drogas, da lascívia e da prostituição, sem temor e sem reverência à santidade de Deus, deixando os pais angustiados e preocupados com o que lhes possa acontecer
Para termos famílias consagradas, onde a operação divina é tão atuante e poderosa a ponto de nos livrar das maldições que o pecado traz a nossas famílias, os pais – principais líderes e responsáveis na condução de uma família a Deus – necessitam colocar o Senhor no centro de seus corações, de suas atitudes e de seu lar.
I – EDIFICADOS POR DEUS
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam”; (Sl 127.1a)
Para que a família seja, de fato consagrada, não pode estar apoiada em valores sociais ou morais por melhores que eles sejam, mas unicamente em Deus, o autor da família, e em seus princípios, que tem todos os atributos necessários para torná-la uma bênção, além de ser Ele mesmo o maior interessado em ser o Senhor de nossos lares (Ef 3:20). “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp. 2.13)
1. Através da Santificação
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14)
O primeiro passo que devemos dar para que nossos lares sejam, de fato, consagrados a Deus é a santificação. O ambiente de paz, tranqüilidade, amor e sabedoria que desejamos para nossas famílias só se manifestará com a presença constante de Deus em nossas casas previamente consagradas a Ele, em plena santificação de nossas vidas.
Não é por acaso que o autor da epístola aos Hebreus associou a santificação à paz, uma vez que o coração consagrado não abre espaços para brigas e contendas, posto que essas são obras da carne, incompatíveis com um lar santificado. Isso significa dizer que um lar essencialmente cristão e separado para Deus produz marido, esposa e filhos pacíficos e equilibrados.
O lar santificado não se associa com as obras da carne (Gl 5.19-21), mas pratica o fruto que o Espírito Santo produz (Gl 5.22).
2. Através da Obediência
“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.”(Dt 6.6-7)
Deus deu ordens aos israelitas a respeito da sua Palavra. Ela deveria ser ensinada aos filhos em todas as ocasiões do dia em que surgisse a oportunidade: assentado em casa, andando pelo caminho, ao levantar e ao deitar.
Se cada pai e mãe se dispuser, no seu coração, a obedecer a esse mandamento bíblico, seremos abençoados com uma geração de crianças, jovens e adultos comprometidos com a Palavra de Deus e tudo que dela implica, seja a renúncia ao pecado e aos hábitos mundanos, seja dedicação total a Deus.
Mas é importante notar que Deus diz que a sua Palavra deverá estar, primeiramente, no coração dos pais. Não na mente, no raciocínio, na consciência, apenas, mas no coração, o lugar da devoção e da obediência, o que os capacitará a ser bons exemplos a seguir.
3. Através da Oração
“…A oração do justo pode muito em seus efeitos.”(Dt 6.6-7) Não há como termos um lar consagrado a Deus se nele não houver a presença diária da oração. O próprio Senhor Jesus orava noites inteiras e sempre ordenava-nos à oração (Mt 14.23; 26.41) Através da oração, os pais podem e devem rogar a Deus pelos filhos desde o ventre da mãe para que os torne servos fiéis e obedientes do Senhor. Por ela, podemos interceder pelos cônjuges para salvação, transformação e edificação. Devemos, também, suplicar ao Altíssimo a nossa santificação e aperfeiçoamento na fé
Em Atos 10 e 11, temos um bom exemplo do Centurião Cornélio, que salvou a sua família através da oração. Quando em resposta às orações daquele homem Deus enviou Pedro para lhe pregar a respeito da Salvação, toda a família foi salva e cheia do Espírito Santo.
II – GUARDADOS POR DEUS
“…se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Sl 127.1b)
1. Segurança Física
“E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos
contados”(Mt 10.30)
Atualmente, uma das indústrias que mais crescem no Brasil e no mundo é da área de segurança pessoal. Pagam-se elevadas somas de dinheiro para a contratação de serviços de vigilância, mas, apesar de todo esse cuidado e de todo o aparato envolvido, vez ou outra, temos notícias de alguém que foi seqüestrado e/ ou morto, numa demonstração de que, sem a guarda de Deus, todo os métodos humanos são falíveis.
Para os salvos, no entanto, a Bíblia diz que “o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra”. (Sl 34.7).
O Salmo 91 é uma das mais belas promessas de Deus para quem nele confia de que, quando surgirem as pestes, mortandades e assolações, o Senhor estará nos guardando. Rm 8.28 nos faz lembrar que “todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus…”.
2. Segurança Emocional
“E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração
dos filhos a seus pais…” (Ml 4.6)
Há, no mundo de hoje, uma terrível tendência para o egocentrismo, a busca dos próprios interesses, as divisões e separações dentro dos lares.
Filhos há que, revoltados, nada ouvem das palavras dos pais.
Maridos e mulheres já não reconhecem como autoridade sobre suas vidas as palavras de Jesus contra o divórcio e posterior casamento (Mt 19.9) e desobedecem a esse mandamento. A cada um desses eventos, as pessoas demonstram a falta de consagração ao Senhor, posto que estão com o coração endurecido.
Mas Deus, ao planejar o primeiro casamento e a primeira família, no Éden, criou homem e mulher para serem um e não mais dois. As pesquisas mostram que filhos de pais que nunca se separaram, tampouco, tem intenção para isso, são mais equilibrados e melhores pessoas.
3. Segurança Espiritual
“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.”(Mt 10.28)
Quando as nossas famílias estão consagradas a Deus, podemos ter a alegria de ver pai, mãe e filhos, em todas as fases de suas vidas, seguindo a Deus com todo vigor e alegria, sabendo que maior é o que está conosco do que o que está no mundo (I Jo 4.4) e que nós temos todas as condições de permanecermos com toda a família nos caminhos do Senho
Ainda que o diabo ataque o nosso lar, há uma receita precisa e eficaz de Deus para nós: “sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós”. (Tg 4.7)
III – SUPRIDOS POR DEUS
1. O Pão de cada dia
“Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.”(Sl 127.2)
Quando estamos com o nosso lar voltado para a vontade de Deus, devemos confiar que Ele é capaz de suprir todas as nossas necessidades. O salmista dizia: “fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão”. (Sl 37.25)
Uma vez que Deus tem suprido as necessidades das nossas famílias, e continuará a fazê-lo, é importante, para os pais e para os filhos, equilibrar a dedicação ao trabalho secular com a dedicação ao cônjuge e aos filhos, e, principalmente, a Deus, uma vez que muitos há que, de tanto trabalhar terminam negligenciando tanto a família quanto a Deus
2. O Poder contra o inimigo
“Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.” (Sl 127.5)
A família unida por Deus tem todas as condições para vencer o maligno e a todos os seus adversários com mais facilidade.
Quando permitirmos e buscarmos para nossos lares, um ambiente de amor e harmonia vindo de Deus seremos como Levítico 26.8: “cinco de vós perseguirão a um cento deles, e cem de vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós”.
Não é sem motivo que o diabo tem investido tanto para popularizar o divórcio e ridicularizar o casamento, até mesmo entre os crentes, pois ele sabe que o crente separado é crente derrotado e isolado, tornando-se presa fácil para suas armadilhas. Sabe ele, também, que filhos separados de um ou de outro dos pais é filho instável, inseguro e sofrido, portanto, sujeito às suas artimanhas. Mas quando consagramos nosso lar e nossas vidas a Deus, temos poder para vencer o maligno.
CONCLUSÃO
A estabilidade e segurança que um lar consagrado produz transfere -se, automaticamente, para os demais membros do corpo de Cristo, a Igreja.
Satanás sabe, muito bem, que contra uma Igreja cujos membros vivem o Evangelho de Cristo na forma genuína como nosso Senhor deixou não é uma presa fácil para suas armadilhas. Eis a razão porque o seu primeiro alvo é destruir as famílias, restando a cada um de nós ficar atento para suas astutas ciladas e vencê-las todas (Ef 6.10-11).
1. O seu lar é consagrado?
2. Você tem se dedicado à santificação, à obediência e à oração dentro de seu lar?
3.Você está disposto a mudar o que está errado na sua vida para que Deus tenha lugar dentro de sua casa?

SÉRIE LAR CRISTÃO - ESTUDO 1 - TOMO POSSE

ESTUDOS BÍBLICOS - SÉRIE LAR CRISTÃO
ESTUDO 1 - TOMO POSSE DO MELHOR DE DEUS PARA MINHA FAMÍLIA
Deus nos fez seres sociais, fomos gerados em família para viver em família. A benção da vida abundante (Jo 10.10) não pode ser vista apenas para a individualidade, viver com excelência também é um projeto coletivo de Deus para nós.
Deus não nos fez para ser humilhados ou para viver sob escravidão de crises permanentes, ELE nos criou e proveu para nós, através de seu filho, um projeto de restauração completa. É certo, que somente na eternidade viveremos a plenitude dessa restauração, mas, desde agora, podemos receber muitos de seus benefícios.
O melhor de Deus na família inclui:
A família espiritualmente restaurada. O projeto de Deus é que nenhum dos nossos se perca. A Salvação é um projeto para toda a casa (At 16.31). Não desista até ver toda a sua família servindo no reino, ainda que falte apenas um, não desista até ver todos na presença de Deus.
A família emocionalmente equilibrada. Relacionamentos sadios num ambiente de plena harmonia, esse é o projeto de Deus para nosso lar. Nossa casa precisa ser “um pedacinho do céu”. É preciso cultivar sentimentos e atitudes nobres, como amor, cortesia, altruísmo, bondade, etc…
A família vivendo em plena prosperidade. Ser próspero é ser suprido. Deus tem pra nós um cuidado especial que excede o cuidado dele com os lírios dos campos ou com as aves dos céus (Mt 6.28,29). Ele “suprirá” cada uma de nossas necessidades (Fp 4.19). Esse “suprir” de Deus envolve não apenas questões ligadas a finanças, mas a todas as carências humanas, e isso implica, inclusive, saúde física para nossa família.
A parábola da dracma (moeda) perdida é um daqueles textos bíblicos que nos revela de forma extraordinária os segredos de como viver o melhor de Deus. Veja o que o texto de Lc 15.8,9 diz:
“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.”
Desse texto podemos extrair algumas preciosas lições, vejamos:
LIÇÃO 01
É Preciso ter a consciência e o desejo de viver O MELHOR DE DEUS. Ao perder uma dentre suas dez dracmas, essa mulher não ficou conformada por ainda ter nove moedas, afinal, se o projeto de Deus para ela era dez moedas, porque se conformar com “quase” dez. às vezes “boas” experiências ou “quase conquistas” tem sido nossas maiores barreiras para seguir em frente. Se por um lado não podemos ser ingratos com o que temos e vivemos, por outro, precisamos ter cuidado para que o “bom” não nos impeça de viver o “melhor”.
Em Dt 1.26 temos um péssimo exemplo de quem perdeu essa consciência e esse desejo de viver o melhor de Deus, lá diz que a nação de Israel “não quis tomar posse da terra”. Tenhamos cuidado para não nos adaptar ao modelo de vida medíocre que o mundo nos oferece. Por mais que esteja “bom”, vamos avante, Deus tem o “melhor” para nós.
LIÇÃO 02
É preciso ter iniciativa para se viver O MELHOR DE DEUS. Iniciativa aqui pode também ser vista como a capacidade de reação em meio à perda. Ela não ficou lamuriosa, chorando pelos cantos, lamentando a perda da moeda ou achando que a vida tinha acabado. O que vemos é alguém capaz de reagir, capaz de tomar iniciativa e de re-conquistar o tesouro perdido. É disso que precisamos: tirar o foco das perdas do passado, e com certeza todos nós tivemos muitas, e olhar para frente! “Vou atrás daquilo que é meu, vou atrás da minha promessa!”
LIÇÃO 03
É preciso ter persistência para se viver O MELHOR DE DEUS. Fico impressionado com a capacidade dessa mulher de perseverar, veja que ela busca com diligência até a achar. Ela estava disposta a não desistir! Não basta ter iniciativa, é preciso também ter acabativa. Fracasso é acima de tudo, desistir cedo demais, é preciso ir até o fim. Quantos projetos inacabados marcam nossa história. É preciso aprender com o curso do rio que atinge seus objetivos, porque aprendeu a contornar obstáculos e seguir adiante!
LIÇÃO 04
É preciso ter atitude de comemoração diante do MELHOR DE DEUS. Deus fará grandes milagres em nossa vida ao longo do ano, e quando isso acontecer, devemos realizar grandes comemorações, entretanto, o cuidado de Deus se dará com manifestações diárias de seu cuidado por nós, são milagres diários e, muitas vezes, imperceptíveis, mas que revelam seu grande amor, e seu desejo de ver os seus filhos vivendo com excelência nesta terra. Temos que comemorar cada vitória, mesmo quando tratar-se de apenas “uma moeda”. Talvez o custo da festa que ela ofereceu às amigas e vizinhas, tenha sido superior ao valor de uma moeda, mas o importante era não perder a oportunidade de celebrar.
Finalmente, estou certo que Deus tem grandes conquistas para o seu povo, mas observe bem, são “conquistas”, ou seja, exige iniciativa, luta, esforço, perseverança, estratégias, e acima de tudo, dependência dEle. Afinal “…o cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas do Senhor vem a vitória” Pv 21.31
Teremos um ano de grandes realizações, e já posso vislumbrar grandes comemorações que faremos, afinal, serão grandes vitórias. Ao viver o melhor de Deus a palavra vitória se torna insuficiente para expressar nossas conquistas, e por isso, assim como Paulo, podemos nos chamar de “mais que vencedores” ou “super vencedores” Rm 8.37. Que Deus inunde sua vida com ricas bênçãos e conquistas, dia a dia! Pr. Elismar Veiga

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SÉRIE DESPERTAR PARA O EVANGELISTMO - ESTUDO 5



ESTUDO 5 - A ESPERANÇA DO VERDADEIRO CRISTÃO
Passagens Bíblicas: Romanos 8.16-25; II Coríntios 4.16-18
Memorizar: Tito 2.13

Introdução
O apóstolo Paulo fez uma bela advertência quando se expressou sobre a esperança “Se esperamos nesta vida, somos os mais miseráveis...” (I Coríntios 15.19). O fato verdadeiro que Jesus prometeu a vida eterna aos que permanecem firmes até o fim (João 5.24).
I. DESCREVENDO A ESPERANÇA
a) O Que é a Esperança?
Esperança é o ato de esperar aquilo que se deseja. É uma expectativa relacionada a uma promessa. É manter confiante perseverança para se alcançar o futuro. O cristão tem sua visão direcionada para o futuro. Mesmo passando por tribulações, o crente não deve deixar sua esperança se desvanecer quando os sofrimentos ou adversidades se apresentarem em larga escala. O apóstolo aconselha que devemos lançar mão da esperança proposta, a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor entrou por nós à direita de Deus Pai como nosso intercessor.

b) Como obter a Esperança
A esperança é fruto da experiência com Cristo (Romanos 5.3-5). É a comunhão com Deus que faz o crente entender coisas que são ocultas ao homem natural.
O cristão não tem motivos para viver triste. A tristeza em sua vida é passageira porque ele possui um regozijo que a ultrapassa.

II. A RECOMPENSA DA ESPERANÇA
A visão do verdadeiro cristão está direcionada para um futuro eterno com Jesus. O salvo aguarda, com expectativa, o grande momento da volta do Senhor Jesus, a qual poderá acontecer a qualquer instante.

a) A Esperança no Presente
Enquanto o crente vive nesta vida terrena, é claro que ele necessita de sobreviver como todo o ser humano. Não é pecado desejar prosperidade. O homem foi dotado, por Deus, de instintos para o seu bem viver. Um deles é o instinto de aquisição. O que constitui pecado é a ganância, a avareza, a cobiça, a inveja. Valorizar mais o material do que o espiritual, isso sim é condenado pelo Senhor (Mateus 6.19). Ele sabe que tudo pertence ao Senhor. Que é apenas um dos bens

b) A Esperança do Porvir
A esperança e a fé se completam. É como se a esperança fosse o caminho para se alcançar aquilo que se aguarda por fé. É a esperança nas coisas futuras que desvia a atenção do crente das coisas terrenas. Alguns estão oferecendo um evangelho que muda a vida material de uma hora para outra. O pobre se torna rico, o desempregado vira empresário, o que ganhava salário mínimo vai ter condições de possuir um carro importado, e assim por diante. Esse é um evangelho fraco, mentiroso e enganoso. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que nele crê (Romanos 1.16). O apóstolo Paulo disse: “não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas coisas que se não se vêem, porque as coisas que se vêem são temporárias e as coisas que se não vêem são eternas - II Coríntios 4.18. Aquele que coloca como prioridade do evangelho as coisas materiais está depreciando todo o sacrifício feito por Jesus. O Evangelho oferece salvação, vida eterna com Cristo.
A esperança e a fé se completam. É como se a esperança fosse o caminho para se alcançar aquilo que se aguarda por fé.
Portanto, a esperança maior do cristão é naquilo que não se vê. O verdadeiro cristão espera ser arrebatado por Cristo se não passar pela morte. (I Tessalonicenses 4.17).

CONCLUSÃO
O crente tem convicção de sua fé. Tem esperança de vida eterna através de Jesus. Sabe que Jesus é o único caminho que conduz à salvação. O mundo jaz no maligno. Ele é enganador e mentiroso. Distrai as pessoas com falsos conceitos de salvação. Então, as pessoas começam crer em reencarnação, purgatório, salvação pelas obras, pensam que depois da morte serão salvas por orações feitas por parentes aqui na terra; outros acreditam que não existe inferno, nem haverá julgamento porque Deus é Pai amoroso. Quanto engano!!! A hora de apresentar o verdadeiro Salvador é agora. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” João 14.6

SÉRIE DESPERTAR PARA O EVANGELISMO - ESTUDO 4



ESTUDO 4 - A BUSCA CONSTANTE DA SANTIDADE
Passagem Bíblica: Gálatas 5.1,16-25
Memorizar: Hebreus 17.14

Introdução
Ser santo nos dias atuais é muito difícil, quando a humanidade está sendo levada impiedosamente para a prática do mal. Mas se Deus requer de seus filhos que vivam em santidade é porque isso é possível. Mesmo que para conseguir tal situação seja necessário que o crente abra mão de muita coisa que ele aprecia. Deus requer do homem algumas coisas que às vezes lhe parecem difíceis, mas Deus nunca pede nada impossível. Se o crente contar apenas com a sua disponibilidade de força e capacidade, nunca conseguirá a vida de santidade necessária para agradar a Deus. É preciso, pois, que ele aprenda a depender do Espírito Santo e deixe que Ele conduza todos os seus passos.

I. SANTIFICAÇÃO: RESULTADO DA JUSTIFICAÇÃO
Falar em santidade nos dias atuais, para muitos, parece ser sinônimo de falta de juízo, ou melhor, loucura mesmo. O mundo está de tal forma escravizado pelo pecado, que as pessoas perderam o conceito de santidade. Os limites vão se alargando e quanto mais liberdade o homem possui mais ele a deseja, e mais se distancia do padrão dado por Deus.. Alguns acham que santos foram somente aquelas pessoas que nos tempos antigos viveram em conventos, enclausuradas, isoladas em montanhas onde viviam como eremitas, separadas da sociedade ou longe do convívio com outras pessoas. O conceito de santidade encontrado na Bíblia é bem diferente.

1. O Que se Entende Por Santificação
Santificação significa tornar-se santo; significa também: Separação – viver no mundo, mas não compartilhar com o que ele oferece, com aquilo que não agrada a Deus.
(II Coríntios 6.17-18). Dedicação – O crente é separado do mundo para dedicar-se a Deus (Gálatas 2.20). Purificação – É a condição de retidão que Deus exige dos seus filhos. Significa limpeza, pureza (Hebreus 9.13). Consagração – significa viver em conformidade com a natureza divina (I Pedro 1.16). A santidade e a fidelidade se harmonizam. Fidelidade –significa obedecer e praticar aquilo que Jesus determinou. Enquanto que a santidade é a maneira como se pratica.

2. O Caminho Para a Santificação
A santificação é algo que se alcança paulatinamente, com o crescimento espiritual (Efésios 4.13), que vem com o estudo sistemático da Palavra. Santidade é, pois, separar-se do pecado (I Pedro 2.9) e voltar-se para Deus em obediência ao seu querer. Só através da identificação com Cristo em sua morte, o homem poderá alcançar condições de se santificar. Isso deve estar bem claro na memória de cada cristão. Como diz o apóstolo Paulo: sabendo (Romanos 6.6), isto é, tomando conhecimento, tendo certeza. Considerai-vos (Romanos 6.11): significa fazer análise, aceitar, fazer considerações acerca do assunto. Apresentar-vos (Romanos 6.13): após tomar conhecimento da situação, considerar e aceitar o fato, o crente deve apresentar-se a Deus “como vivo dentre os mortos”, isto é, ressuscitados com Cristo para viver em santificação. Entende-se, pois, qua a entrega total da vida do crente para a santificação é um oferecimento a Deus, é um culto racional (Romanos 12.1). A razão permanece viva, a mente, o raciocínio não ficam afetados ou paralisados (I Coríntios 14.32). Tudo é praticado com consciência.
3. Passos dados em direção à santidade – o homem, por melhor que ele seja, não pode aproximar-se de Deus. Ele precisa, em primeiro lugar, restaurar sua situação. Isso só acontece através da salvação oferecida por Jesus.
Primeiro passo – arrependimento – significa reconhecer seu estado de pecador (Romanos 3.23) e crer em Jesus como Salvador. Segundo passo – perdão – reconhecendo sua culpa e arrependendo-se é alcançado pela misericórdia divina (Colossenses 3.13; I João 2.12) e seus pecados são perdoados. Terceiro passo – regeneração – o passo seguinte ao perdão é a regeneração que significa mudança em todos os sentidos. Mudança de dentro para fora (João 15.3). Quarto passo – justificação – significa que não existe mais nenhuma acusação contra o regenerado que seja levado em conta. Jesus levou na cruz todas as ofensas e pecados e aquele que crê no Seu sacrifício é justificado por Ele (Romanos 5.1; Efésios 2.13-16).)
4. Alcançando a Santificação – (I Tessalonicenses 4.3) – A vontade de Deus é que Seus filhos sejam santos. O que se deve santificar – O homem é um ser tricotônico, isto é, constituído de espírito, alma e corpo (I Tessalonicenses 5.23). Ele é também um indivíduo, o que significa que nada atua em separado. Por essa razão, tudo no homem deve ser santificado.
a) A Santificação do Espírito
É com o espírito que o homem toma consciência do bem e do mal, do que é certo e do que é errado (Salmo 3.2; 51.10-12; II Coríntios 7.1). É com o espírito que nos ligamos a Deus.

b) A Santificação da Alma
A alma é a sede da vontade, dos sentimentos e das emoções. Se os nossos sentimentos e a nossa vontade forem puros as nossas ações também serão puros (Filipenses 2.2-5; 4.7-8; I Pedro 1.22).

c) A Santificação do Corpo
O corpo precisa ser puro porque é o templo do Espírito Santo ( I Coríntios 6.13,19).
O primeiro versículo de Gálatas 5 fala da liberdade que Cristo concedeu através da salvação. Paulo bem conhecia o pensamento de sua época com relação à santidade e ao viver religioso. Aqueles legalistas fariseus ensinavam que a observância da lei mosaica, por exemplo, a circuncisão, o lavar das mãos, os cerimoniais, etc., eram necessários para a garantia da justificação. Porém, Paulo mesmo enfatiza que Cristo veio libertar a pessoa desse tradicionalismo enganoso e conceder-lhes a justificação pela Sua obra redentiva. Depois de liberto, o homem precisa demonstrar firmeza em suas crenças para não voltar à servidão do pecado de onde foi liberto por Jesus.

5. Rejeitando as Obras da Carne
É claro que mesmo depois de aceitar Jesus, a pessoa não desconhece as obras da carne. Naturalmente, sabem que elas existem, são manifestas em toda parte, e até desafiam o crente porque elas provém de satanás. Diante desses fatos, o cristão deve estar sempre vigilante para saber o que deve ser evitado e o que deve ser praticado.

CONCLUSÃO
Entende-se, portanto, que a santificação vem depois que a pessoa crucifica sua carne, isto é, morre para o pecado e ressuscita com Cristo para viver em novidade de vida (II Coríntios 5.17). Para uma nova criatura é possível sim, viver em santidade. Negar-se a si mesmo não é fácil. Isso só acontecerá com a intervenção do Espírito Santo. O “homem velho” com suas obras carnais desaparece, dando lugar à nova criatura. Esta, por sua vez, vai crescer e se desenvolver e produzir bons frutos, o fruto do Espírito.

SÉRIE DESPERTAR PARA O EVANGELISMO - ESTUDO 3




ESTUDO 3 - INCONFORMADOS COM O MUNDO
Passagens Bíblicas: I João 2.15-17; Efésios 5.5-17
Memorizar: Romanos 12.2
Introdução
Vamos analisar mais um aspecto da vida do verdadeiro cristão. O comportamento do cristão em consonância com a Palavra de Deus diante de uma sociedade que está sempre oferecendo facilidades e vantagens para o pecado. Nos dias atuais, o verdadeiro cristão precisa se posicionar frente a uma enormidade de situações que podem levá-lo a fraquejar na fé se ele na estiver alicerçado na Palavra de Deus.
I. REPÚDIO AO QUE NÃO AGRADA A DEUS
A Palavra de Deus é bem clara quando ensina que existem dois caminhos bem definidos. Não existe meio termo em relação à salvação. Ou o homem se propõe a servir a Deus ou ao pecado (Marcos 6.24; Romanos 6.22).
1. Rejeitando os Ditames do Mundo
Não se conformar com o mundo significa não tomar a sua forma. Não aceitar suas imposições, suas regras. Quando é mencionado o mundo no contexto da Palavra de Deus, entende-se por uma sociedade dominada e dirigida pelo poder do maligno, onde o pecado impera, toma vulto a cada dia, querendo sufocar ou tripudiar os bons propósitos existentes. Não se está falando nos deveres do crente como cidadão, do relacionamento entre o crente e os não crentes. Isto é necessário até que haja oportunidade do cristão falar do amor de Jesus aos perdidos (I Coríntios 5.10).
2. A Questão dos Limites
É preciso possuir uma consciência sensível para conceder ao Espírito Santo a interferência quanto aos limites das ações do cristão. Os estudiosos do comportamento humano são unânimes em aceitar o fato de que o homem é um ser insaciável. Ele está sempre à procura de mais, do maior, do melhor. Quanto ao aspecto dos limites não é diferente. Quanto mais se eliminam os limites, mais se estendem as permissões, mais o homem deseja. O que se vê é a sociedade legalizando meios indecorosos, pornográficos, ilícitos e outras tantas imoralidades que vão se tornando coisas naturais.Mas isso leva o homem à perdição. O verdadeiro crente não pode e não deve se conformar com essa situação libertina que é batizada com o conceito de liberdade (I Coríntios 6.12; 10.23).
3. Onde Devem Ser Colocados os Limites
Está se tornando cada vez mais difícil superar as pressões que vêem de todos os lados, a, na escola, no trabalho, até mesmo partindo dos inimigos e dos familiares descrentes, etc. A Sociedade (em termos) quer forçar o cristão a aceitar todo o tipo de imoralidade, de atitudes pecaminosas que prejudicam não só a vida do indivíduo, mas também afetam a vida familiar. Atualmente, por exemplo, muitos crentes programam festa de casamento ou de aniversário dos filhos e não há o que se notar de diferente das festas dos descrentes. Os coquetéis são regados a bebidas como cerveja, chop, batidas, champanhes, vinho, etc. Tudo servido em abundância. Além das músicas e danças mundanas, o uso de roupas sensuais e indecorosas já fazem parte do aparato das festas de alguns crentes. Não se conformar com o mundo é repudiar tais “modernismos” que igualam os crentes aos descrentes. Ser inconformado com o mundo é aceitar os limites colocados por Jesus (Mateus 5.16). É o mesmo que o apóstolo Paulo também ensinou em Efésios 2.10: “Somos criados em Cristo para as boas obras”. Paulo lembra também que noutro tempo, isto é, antes da conversão, o homem era trevas, mas depois que aceitou Jesus passou a ser luz (Efésios 5.8).
3. O Padrão do Cristão
Não conformar-se é não tomar para si o padrão do mundo, porquanto o cristão já possui uma forma delineada pelo Espírito Santo, através das Escrituras Sagradas (II Coríntios 3.18). O mundo passa (I João 2.17) e tudo aquilo que é ditado pelo mundo também. Mas, o cristão será acompanhado por suas obras para receber galardão (I Coríntios 3.14). O meio ambiente exerce grande atração sobre pó cristão e, à medida que o tempo passa, começa a acontecer uma acomodação e a fé do cristão vai esmaecendo. Ele então aceita com mais naturalidade coisas que não convém. No entanto, a advertência é para o crente não acomodar-se e sim transformar-se pela renovação da mente.

II. O RELATIVO SE SOBREPONDO AO ABSOLUTO
Valores absolutos determinados por Deus. – Deus, na sua imensurável sabedoria, determinou certos padrões de princípios universais que estão registrados nas escrituras para servir de normas de vida para o homem. São princípios absolutos, decisivos que se sobrepõem às questões de raças, povos, idiomas, etc. Foram determinados como normas de conduta para o homem viver segundo a vontade de Deus e ser feliz. Não se está falando aqui de costumes porque estes diferem de povo para povo, de sociedade para sociedade. Trata-se de padrões absolutos de Deus que abrangem toda a Humanidade. O pecado está na ordem do absoluto. Em qualquer lugar ou sociedade onde existir o homem, o que Deus determina como pecado na Sua Palavra inclui todos os homens.

1. Os Valores Relativos
As mudanças sociais tem trazido progresso em muitos aspectos. Não há como negar essa tal verdade. No entanto, também, não se pode negar que o homem tem se tornado cada vez mais irreverente e cético, desprezando os valores absolutos, válidos para todas as pessoas, em todas as épocas e criando valores relativos para satisfazerem seus próprios interesses (Filipenses 2.21).

2. O Caso do Homossexualismo
Muitas sociedades, inclusive o Brasil, já admitem o casamento de duas pessoas do mesmo sexo. Alguns aspectos que comprovam a ilegalidade da situação são: nenhuma pesquisa científica comprova que a homossexualidade é baseada em determinismo biológico. Não existe base orgânica para tal prática. Não existe, também, diferenças cromossônicas para o homossexual e heterossexual. Só existem diferenças, nesse sentido, para macho e fêmea. Outro fator que influencia tal procedimento é a educação. A criança precisa conviver com pessoas do mesmo sexo (o menino com o pai, a menina com a mãe) para sua identificação saudável. Em sentido mais amplo, o homossexualismo é questão de condicionamento, com orientação de preferência sexual aprendida. Toda a Bíblia condena essa prática. Jesus (Novo Testamento) em Mateus 19.4-5 ratificou a lei moral instituída por Deus (Antigo Testamento) em Gênesis 1.26-27. O homossexualismo é abominação contra Deus (Levítico 18.22).

3. A Questão do Aborto
O aborto não é condenado apenas por questão religiosa. A medicina fetal, a genética e a biológica difundem o fato de que a vida tem início na concepção. Esse fato não pode ser distorcido para satisfazer os interesse escusos de alguns. O aborto, além de ser uma agressão a um indefeso, é ocasião em que a mulher fica exposta a contrair várias enfermidades, além do complexo de culpa e distúrbios emocionais. Só Deus concede a vida, só Ele pode tirar (Ezequiel 18.4). A vida é um dom de Deus (Atos 17.28). O padrão de conduta, de moral, não é mais comum a todos. Cada um cria e estabelece suas próprias regras. Ninguém se importa com o que poderá com o que poderá acontecer com o seu parente ou com o seu próximo. Isso traz um desequilíbrio, um caos para a sociedade, porque os conceitos de certo e errado estão sendo banidos, não encontram mais lugar nas atitudes das pessoas. Não existe um padrão que oriente, que delimite.

III. O CRISTÃO E SUAS CONVICÇÕES
Satanás procura por todos os meios minar as convicções do crente. Se o cristão é convicto daquilo que crê, não basta demonstrar apenas por palavras, precisa usar uma forma mais convincente. E não há outra forma melhor do que repudiar aquilo que o mundo oferece e manter-se firme na fé em Cristo Jesus.
1. Separados do Mundo Por Amor a Cristo
O cristão vive no mundo mas não pertence a ele. Já está morto com Cristo (Romanos 6.8). Isso significa que a sua vida pertence ao Senhor. O compromisso do cristão é,pois, amar a Jesus sobre todas as coisas, de todo o coração, de toda a alma e de todo o pensamento (Mateus 22.37). O apóstolo João diz: “Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.”
I João 2.15. Esses dois aspectos opostos não podem ocupar o coração do homem ao mesmo tempo.
2. O Amor a Jesus Leva o Cristão à Renúncia
Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16.24). Renunciar é não aceitar, não concordar, deixar de lado, mesmo quando se trata de algo que se queria, que traria satisfação à carne, porém, é preciso fazer um sacrifício por amor a Jesus.
3. O Cuidado com o Proceder
Não basta apenas o crente evitar o pecado. É necessário manter uma disposição firme de condená-lo, de não se conformar com a existência dele, não ter cumplicidade com aquilo que desagrada a Deus e, também combatê-lo. As obras más devem ser reprovadas por todo cristão. Há necessidade do cristão andar vigilante, desperto, para não cair nas astutas ciladas do inimigo. Portar-se com prudência, não como tolo.
CONCLUSÃO
Ser crente verdadeiro é ser separado. É não se conformar, não se adaptar mais ao pecado, à imoralidade. É procurar mudar o ambiente onde vive porque possui a mente de Cristo. A graça deve superabundar onde o pecado abundou (Romanos 5.20).