segunda-feira, 23 de abril de 2012

SÉRIE PROMESSAS - ESTUDO 6 - PARTE 2

ESTUDO BÍBLICOS - SÉRIE PROMESSAS DE DEUS ESTUDO 6 - COMO ALCANÇAR AS PROMESSAS DE DEUS PARTE 2 Para que a promessa de Deus se torne uma realidade, torna-se necessário crer e cumprir as condições determinadas pelo Senhor. INTRODUÇÃO - Estamos chegando ao fim de mais uma série de estudos bíblicos. Nesta série, pudemos estudar várias das promessas de Deus. Alguns então perguntam: o que fazer para alcançar as promessas de Deus? Vamos dividir esta resposta em 3 tópicos. Primeiro vamos nos ater sobre os pressupostos para BUSCARMOS as Promessas de Deus. Depois, vamos verificar os REQUISITOS para ALCANÇARMOS as promessas de Deus. E por fim estudaremos sobre os OBSTÁCULOS para alcançarmos as promessas de Deus. - Vamos então ao segundo tópico II – OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA ALCANÇARMOS AS PROMESSAS DE DEUS - Texto para leitura: I Tm.1:4 - Como vimos, antes de mais nada, antes de buscarmos as promessas de Deus, devemos delas ter conhecimento, o que se consegue somente mediante a meditação nas Escrituras Sagradas. Não há meio de buscarmos qualquer promessa de Deus se, antes, não entendermos, na Bíblia Sagrada, qual é o significado desta promessa, porque e para que Deus a fez. Isto vemos claramente no episódio do apóstolo Paulo com aqueles crentes de Éfeso que, por nem saberem que existia Espírito Santo, não podiam, por isto mesmo, buscar o batismo no Espírito Santo (At.19:1-6). Muitos têm se mantido afastados das promessas de Deus, na atualidade, porque ignoram a Palavra de Deus, porque não ouvem o que está no texto sagrado: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm.10:14). - Vivemos dias muito difíceis, onde há fome e sede de ouvir as palavras do Senhor (Am.8:11,12), palavras que estão escasseando até em muitos púlpitos, onde a Palavra tem cada vez menos espaço, dando lugar a “shows”, a verdadeiros “cafés filosóficos”, quando não simples motivações emocionais, baseadas em técnicas persuasivas, mas que não têm qualquer poder de Deus, numa atitude diametralmente oposta a que era realizada pelo apóstolo Paulo (I Co.2:4). - Não é difícil entender, portanto, porque muitos crentes não conseguem alcançar as promessas de Deus, visto que delas não têm sequer conhecimento, já que não ouvem a Palavra do Senhor, não tomam ciência nem consciência da sua existência, antes ouvindo fábulas e “contos da carochincha” (II Tm.4:4), que, por não refletirem, em absoluto, o caráter divino, somente levam a uma destruição espiritual, pois tais fábulas nada têm que ver com o poder de Deus (I Tm.1:4; II Pe.1:16). - O PRIMEIRO requisito para que alcancemos as promessas de Deus é resultado direto de termos tido contacto com a Palavra do Senhor. É a fé, fé esta que vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm.10:17). O primeiro elemento indispensável para que alguém alcance uma promessa de Deus é a fé. - Acabamos de ver que um dos problemas sérios de se ouvirem fábulas, histórias contadas com base na imaginação dos homens e não na Palavra de Deus, é que tais práticas impedem a edificação de Deus, que o apóstolo Paulo não titubeia em afirmar que “consiste na fé” (I Tm.1:4). Sem que se ouça a Palavra de Deus, não há fé e, sem fé, não se pode, e absoluto, edificar-se espiritualmente. Sem fé, não é possível agradar a Deus, pois é necessário crer que Deus existe e que é galardoador dos que O buscam (Hb.11:6). - Para alcançarmos as promessas de Deus, precisamos crer no Senhor. O meio pelo qual se herdam as promessas, diz o escritor aos hebreus, são a fé e a paciência (Hb.6:12). Os heróis mencionados em Hebreus 11 abraçaram as promessas, embora não as tenham recebido concretamente, porque creram nelas (Hb.11:13), tanto que, embora não tenham visto cumpridas, nelas se alegraram como se as tivessem alcançado literalmente, o que somente se entende em virtude da fé que possuíam (Jo.8:56). É pela fé que se alcançam as promessas (Hb.11:33). O apóstolo Pedro, também, é incisivo ao nos mostrar que a fé é o primeiro fator pelo qual nos são oferecidas promessas que nos fazem participantes da natureza divina (I Pe.1:1-4). - A fé, sendo o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem (Hb.11:1), é, mesmo, indispensável para que alcancemos as promessas de Deus. Se a promessa de Deus é uma afirmação que, para o homem, é ainda algo futuro, não há como se ver a promessa como realizada senão pelos olhos da fé. A fé nos faz ver a promessa como um fato, ou seja, nos faz ter a mesma visão que Deus tem quando profere a promessa. É a fé o único fator que explica o comportamento de alguém que, mesmo sem ver algo prometido por Deus, conduz-se de acordo com a afirmação divina, ainda que todas as circunstâncias lhe sejam contrárias. - A fé não é apenas uma atitude intelectual, uma crença, uma declaração produzida pela mente, mas, muito mais do que isto, é uma disposição para se confiar em Deus e agir de acordo com a Sua vontade, com firmeza e sem qualquer abalo em virtude das circunstâncias que sejam contrárias. Para se alcançar a promessa de Deus é imprescindível que a pessoa tenha fé, que creia e que, por isso, aja conforme a promessa dada pelo Senhor, mesmo que isto pareça loucura sob a perspectiva da lógica humana. - A falta de fé é o grande obstáculo para que se alcancem as promessas de Deus. A geração do êxodo não conseguiu vir cumpridas em suas vidas a promessa de receberem a terra de Canaã por causa da sua incredulidade (Hb.3:19). De igual forma, os habitantes de Nazaré não puderam desfrutar das bênçãos de Jesus, seu conterrâneo, em virtude da sua incredulidade (Mt.13:58). O próprio povo judeu perdeu a oportunidade de desfrutar da redenção messiânica, prometida por Deus, porque não creram no Senhor Jesus (Jo.1:11). Quando Jesus diz que tudo é possível ao que crê (Mc.9:23), também está dizendo que nada é possível a quem não crê. Pense nisto! - O SEGUNDO requisito para que se alcance a promessa de Deus é o amor. Quando cremos em Jesus como único Senhor e Salvador de nossas vidas, o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm.5:5). Ora, este amor, como temos repetidamente dito nestes comentários, não é uma emoção, um sentimento, mas, sobretudo, um comportamento. Porque amamos a Deus, guardamos a Sua Palavra (Jo.14:21,23,24; I Jo.2:5). Só é amigo de Deus quem faz o que Ele manda (Jo.15:14). - Para que possamos alcançar as promessas de Deus, portanto, temos de ter amor, pois só quem ama é quem faz o que Jesus manda, quem atende às exigências contidas na Bíblia Sagrada para desfrutar das promessas do Senhor. A obediência é um fator decisivo para que alcancemos as promessas de Deus. Ora, a obediência, pelo que vemos, é nada mais, nada menos, que a demonstração do nosso amor a Deus. - O amor a Deus nos faz humildes de espírito (Mt.5:3 ARA), isto é, dependentes do Senhor, obedientes à Sua Palavra. Não nos sentimos auto-suficientes (Ap.3:17), mas, sim, pobres e necessitados (Sl.40:17), de modo que não procuramos fazer a nossa vontade, mas a vontade de Deus. Quando assim agimos, renunciamos a nós mesmos e passamos a seguir a Jesus (Mt.16:24). Não mais vivemos, mas Cristo vive em nós (Gl.2:20), não sendo, pois, nenhuma novidade que aquilo que pedimos seja exatamente aquilo que Jesus queira nos dar (Jo.15:7). - A realidade do amor a Deus faz com que ao buscarmos as promessas de Deus, nada queiramos que não esteja de acordo com a vontade do Senhor. “Tomar posse da bênção” não é um ato de “determinação”, uma demonstração de uma vontade própria, de um capricho, mas a concretização, em nós, da própria vontade de Deus, que nos domina e que nós mesmos pusemos em realce na nossa própria vida. O alcance da promessa de Deus torna-se, assim, um ato de submissão ao Senhor, mais um gesto de renúncia do crente, mais uma responsabilidade que o salvo aceita receber para a glória do nome do Senhor. - Deus faz as Suas promessas por amor, tomou a iniciativa de ir ao encontro do homem por causa do Seu grande amor e nós, que O amamos porque Ele nos amou primeiro (I Jo.4:19), fazemos aquilo que Ele quer, pedimos aquilo que Ele deseja, buscamos aquilo que Ele nos quer dar. O alcance das promessas é, assim, algo muito mais sublime do que a afirmação de um capricho: é a constatação de que vivemos com Cristo uma unidade, de que fomos feitos participantes da natureza divina. O cumprimento da promessa de Deus nada mais é que a demonstração de que, por sermos um com Deus (Jo.17:21), o poder de Deus tudo nos dá(I Pe.1:3), não porque sejamos “supercrentes”, “poderosos”, mas, sim, alguém que é mera expressão de Cristo nesta Terra, um espelho que reflete a glória do Senhor (II Co.3:18). - O TERCEIRO requisito para alcançarmos as promessas de Deus é a paciência (Hb.6:12). A paciência ou longanimidade é uma das características divinas que são transmitidas a nós pelo Espírito Santo. Saber suportar as dificuldades presentes, as circunstâncias contrárias porque há uma promessa da parte de Deus de que tudo será modificado, de que os males se tornarão bens, que os prejuízos se converterão em benefícios, é um estágio de crescimento espiritual (Rm.5:3,4), mas uma grande lição que nos tornará mais maduros, com melhores condições de servir ao Senhor. A paciência nos faz aguardar o cumprimento das promessas de Deus sem que sejamos abalados na nossa fé. Pelo contrário, a demora, em vez de nos desanimar, aumenta a nossa intimidade com o Senhor, permite-nos um estreitamento de relacionamento com Ele. - Quão diferente é esta paciência do imediatismo que caracteriza os dias em que vivemos. Na geração do tempo real, das coisas para já, muitos crentes exigem de Deus o cumprimento imediato das promessas, apresentam-se ao Senhor com precipitação, impaciência e atrevimento. Insistem em dizer que “o Senhor é já” e até citam, equivocadamente, o Sl.68:4, esquecendo que o “JÁ” ali é uma palavra hebraica, forma poética de “Javé”, o nome com que Deus Se revelou a Moisés no Sinai. Não podemos ser ansiosos (I Pe.5:7), mas, antes, ter paciência e, com base nesta paciência, aguardarmos o cumprimento das promessas do Senhor (Sl.40:1). - O QUARTO requisito para se alcançar a promessa de Deus é a esperança. A Bíblia nos fala de que a esperança é uma virtude que resulta de um crescimento espiritual que, iniciado pela fé, passa pelas tribulações, pela paciência e pela experiência (Rm.5:3,4), tornando-se a âncora da alma segura e firme (Hb.6:19). A esperança é o fator que nos faz aguardar o cumprimento da promessa, que não nos permite desanimar, que nos mantém firmes e constantes, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor (I Co.15:58). Chegaremos até o fim se tivermos completa certeza da esperança (Hb.6:11). Quem tem esperança, aguarda, com serenidade, sem ansiedade, o cumprimento das promessas de Deus. - A esperança permite-nos, ainda, ter uma vida de santidade e de pureza na presença do Senhor. Vemos aqui um efeito altamente benéfico para quem crê e espera o cumprimento das promessas de Deus. A crença e a esperança nas promessas de Deus leva-nos a uma vida de santificação (II Co.7:1; II Pe.1:4; I Jo.3:3). Muitos crentes não vivem uma vida de santidade, não se santificam e põem em risco a sua salvação simplesmente porque não crêem nem esperam desfrutar das promessas de Deus. Crer, esperar e buscar incessantemente as promessas de Deus é um meio pelo qual o crente atende à recomendação do Senhor para se santificar sempre até o arrebatamento da Igreja (Ap.22:11).

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