segunda-feira, 23 de abril de 2012

SÉRIE PROMESSAS - ESTUDO 6 - PARTE 3

SÉRIE PROMESSAS DE DEUS ESTUDO 6 - COMO ALCANÇAR AS PROMESSAS DE DEUS PARTE 2. Para que a promessa de Deus se torne uma realidade, torna-se necessário crer e cumprir as condições determinadas pelo Senhor. INTRODUÇÃO - Estamos chegando ao fim de mais uma série de estudos bíblicos. Nesta série, pudemos estudar várias das promessas de Deus. Alguns então perguntam: o que fazer para alcançar as promessas de Deus? Vamos dividir esta resposta em 3 tópicos. Primeiro vamos nos ater sobre os pressupostos para BUSCARMOS as Promessas de Deus. Depois, vamos verificar os REQUISITOS para ALCANÇARMOS as promessas de Deus. E por fim estudaremos sobre os OBSTÁCULOS para alcançarmos as promessas de Deus. - Vamos então ao terceiro tópico III – OS OBSTÁCULOS DECORRENTES DE NEGLIGÊNCIA ESPIRITUAL PARA QUE ALCANCEMOS AS PROMESSAS DE DEUS Texto para leitura: Hb.3:13-17 - Ao analisarmos os requisitos para alcançarmos as promessas de Deus, de certo modo já falamos a respeito daquilo que impede que recebamos as promessas do Senhor. De qualquer maneira, é importante vermos como a Bíblia trata o assunto para que não possamos deixar alguma dúvida sobre os motivos pelos quais, ainda que Deus tenha feito promessas, muitos não nas recebem. - Antes, porém, é importante entendermos que nem sempre um crente fiel alcança nesta vida a promessa que lhe foi feita. Já tivemos ocasião de estudar no trimestre de que não é correto o entendimento que alguns “papagaios” têm repetido ao longo dos anos e que se tornou uma das “verdades” do senso comum do povo de Deus, qual seja, a de “quem tem promessa de Deus é imortal”. - Em Hebreus 11, o escritor sagrado apresenta uma lista dos “heróis da fé” e, sem qualquer subterfúgio, de modo claro e objetivo, afirma que todos eles “tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa” (Hb.11:39). Portanto, alcançar a promessa de Deus não é algo inevitável e que tem de ocorrer, de modo que se possa dizer que, enquanto o crente fiel e autêntico, não vê o cumprimento de uma promessa de Deus, simplesmente não pode morrer. - Nem toda promessa de Deus, cujo cumprimento é inevitável, está condicionada à vida terrena do beneficiário. A promessa dada a Abraão de que sua descendência herdaria a Terra de Canaã não só não precisava de que Abraão estivesse em vida para se ver cumprida, como, mesmo, se bem formos analisar, exigia a sua morte física para que tivesse cumprimento. Deste modo, promessa de Deus não é imunidade automática contra a morte física, como alguns têm, sem qualquer respaldo bíblico, dito e repetido. - Assim, o fato de alguém não alcançar o cumprimento de uma promessa não quer dizer que seja, por isso, uma pessoa que tenha se desviado ou perdido a salvação. Nem toda promessa feita a um servo do Senhor se cumprirá enquanto este estiver vivo. Alcançar as promessas de Deus não é requisito de comunhão ou de santidade, como bem demonstram os “heróis da fé” do capítulo 11 de Hebreus. - Esclarecido este fato, devemos, porém, observar que certas condutas que desagradam ao Senhor são fatores pelos quais, muitas vezes, a promessa de Deus não é alcançada. Certos fatores impedem que a promessa de Deus se realize na vida de muitas pessoas e, em virtude desta negligência espiritual (Hb.6:12), muitos perdem a possibilidade de receber o cumprimento de promessas divinas em suas vidas. - Estamos, portanto, tratando de obstáculos que impedem que a promessa de Deus se realize na vida das pessoas não por força da vontade de Deus, mas, sim, por causa da negligência espiritual destas pessoas que, potencialmente, seriam beneficiárias das promessas. “Negligência”, diz-nos o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, significa “desleixo, falta de cuidado, incúria, falta de atenção, falta de apuro, falta de interesse, falta de motivação”. - Na Bíblia Sagrada, na Versão Almeida Revista e Corrigida, o termo “negligentes” aparece, no Antigo Testamento, por duas vezes, em Js.18:3 e II Cr.29:11, sendo que, na primeira vez, é tradução da palavra “raphah” (???), cujo significado é “fraco, abatido, relaxado, desencorajado” e, no segundo texto, tradução da palavra “shalah”(???), cujo significado é “desapontado, enganado, iludido, desorientado”. Em ambos os textos, vemos os israelitas deixando de fazer aquilo que Deus havia ordenado, seja conquistar a Terra, seja efetuar o serviço do Templo, gerando-se dificuldades e situações contrárias que não precisariam existir, se tão somente se fizesse aquilo que havia sido ordenado pelo Senhor. - Em o Novo Testamento, por duas vezes, também, temos, na Versão Almeida Revista e Corrigida, a palavra “negligentes”, ambas em Hebreus (Hb.5:11; 6:12), tradução da palavra grega “nothros” (??????), cujo significado é “preguiçoso, indolente”. Em ambos os textos, o escritor aos hebreus utiliza a palavra para dizer de um comportamento daquele que não vai até o fim no trabalho e na dedicação ao Senhor, a começar pela falta de estudo da Palavra de Deus. - Vemos, pois, que os obstáculos que se vão mencionar têm que ver com atitudes voluntárias da parte do servo de Deus que, por falta de ânimo, falta de aplicação, falta de dedicação e de vontade, não consegue alcançar promessas de Deus, promessas que se realizariam, ainda em vida física desta pessoa, se ela não tivesse apresentado uma conduta que a tornou incapacitada para obter a promessa. - Também, antes de vermos quais são tais obstáculos, é fundamental lembrar que as promessas de Deus nos vêm por causa da graça de Deus, de onde vem a fé (Ef.2:8), de forma que ninguém é merecedor de receber o cumprimento das promessas de Deus, nem sequer de ser beneficiário das promessas divinas. Assim, não podemos falar que alguém, por apresentar o comportamento que obsta alcançar a promessa de Deus, se tenha tornado “indigno” de receber tal promessa, pois indignos todos somos. Toda e qualquer promessa de Deus que alcancemos é fruto exclusivo da misericórdia de Deus, da Sua graça. Nunca nos esqueçamos disso e que as palavras do poeta sacro João G. da Rocha estejam sempre em nosso coração e mente: “Nada trago a Ti, Senhor!’Spero só em Teu amor! Todo indigno e imundo sou, eis, sem Ti, perdido estou” (primeira parte da terceira estrofe do hino 47 da Harpa Cristã)”. - O primeiro obstáculo para se alcançarem as promessas de Deus é a incredulidade. Como já se disse supra, a geração do êxodo não entrou na Terra Prometida porque foram incrédulos (Hb.3:19). A incredulidade impede que se usufrua das promessas de Deus. A fé é uma condição para que se alcancem as promessas e, mesmo os que não as alcançaram, delas usufruem quando têm testemunho de fé (Hb.11:39). Herdamos as promessas pela fé e paciência (Hb.6:12), de forma que, sem fé, jamais usufruiremos das promessas de Deus. - O segundo obstáculo para se alcançarem as promessas de Deus é a dureza de coração, ou seja, a rebeldia, a obstinação, a soberba, a auto-suficiência, a recusa em se submeter ao senhorio de Cristo. De nada adianta ouvirmos a Palavra de Deus, nela crermos se, depois, provocarmos o Senhor, endurecendo o nosso coração, ou seja, não aceitando se submeter a Deus e a Seus propósitos. A dureza de coração nos faz ficar insensíveis ao Espírito Santo, nos faz deixar ser enganados pelo pecado e, por causa disso, deixamos a vida de comunhão com Deus para passarmos a viver conforme os nossos desejos, conforme a nossa concupiscência. O coração endurecido do povo de Israel o impediu, também, de entrar na Terra Prometida (Hb.3:13-17). A obstinação, a tentativa de fazer apenas a própria vontade e de não renunciar a si mesmo leva-nos a não alcançar as promessas de Deus. - O sábio Agur pedia a Deus que o afastasse da vaidade e da palavra mentirosa (Pv.30:8a), porque sabia que o sentimento de independência em relação a Deus é fatal para o ser humano, tanto que não queria ser rico em demasia para que não viesse a negar a Deus. Quando se chega ao orgulho, à auto-suficiência, à soberba, ao endurecimento do coração, nega-se a Deus e, com isto, não se pode, mesmo, usufruir das promessas de Deus. Se se nega o autor, como se poderá crer, buscar e obter o que Ele prometeu? - A apostasia que caracteriza os dias difíceis que estamos vivendo apresenta muitos que, com suas consciências cauterizadas (I Tm.4:2), têm seus corações completamente endurecidos, não dando a mínima importância para o tesouro que Deus nos dá e que se encontra no céu. Muito pelo contrário, fazem da Palavra de Deus uma fonte de enriquecimento, pois, há muito tempo, não querem saber das promessas de Deus, mas apenas de ajuntar tesouro na terra (Mt.6:19-21). Amam unicamente as riquezas, a vaidade deste mundo, desprezando totalmente a Deus (Mt.6:24). São os mais miseráveis de todos os homens (I( Co.15:19). - Estes que endurecem seus corações não buscam mais as promessas de Deus, mas andam atrás das fábulas e genealogias intermináveis(I Tm.1:4), das fábulas profanas e de velhas(I Tm.4:7), das fábulas artificialmente compostas(II Pe.1:16), das fábulas judaicas (Tt.1:14), desviando seus ouvidos da verdade (II Tm.4:4), amontoando doutores que sejam conforme às suas concupiscências (II Tm.4:3). Não querem andar segundo a vontade de Deus (Jr.6:16) e, por isso, crêem na mentira, estando prontos para serem iludidos pela besta (II Ts. 2:9-12). Fujamos destas coisas e busquemos as promessas de Deus genuínas e constantes da Sua Palavra, uma segurança de que continuaremos a caminhar para o céu! - O terceiro obstáculo para alcançarmos a promessa de Deus é a desobediência. O escritor aos hebreus diz que os que caíram no deserto foram os desobedientes (Hb.3:18), como também o apóstolo Pedro afirma que só herdam as promessas aqueles que escapam da corrupção que há no mundo (II Pe.1:4). A desobediência, ou seja, a prática da iniqüidade é o que impede que haja o conhecimento mútuo entre Deus e o homem (Mt.7:23). - Não há qualquer possibilidade de se alcançar uma promessa de Deus na desobediência. Fazer a vontade de Deus, como vimos, é um dos propósitos da promessa e como se poderá cumprir o propósito de Deus se a pessoa não o cumpre, desobedecendo ao Senhor? Quem desobedece a Deus contraria o próprio objetivo de Suas promessas, nega a própria razão de ser da promessa. O pecado faz divisão entre Deus e o homem (Is.59:2), e, portanto, não há como se considerar seja possível o alcance de uma promessa de Deus por parte de alguém que desobedece ao Senhor. A obediência foi o caminho pelo qual o Senhor Jesus alcançou a Sua exaltação sobre todo o nome (Fp.2:5-12) e será também o caminho pelo qual o crente alcança tudo quanto o Senhor lhe tem reservado. - Deixemos, portanto, a incredulidade, a dureza de coração e a desobediência e, certamente, alcançaremos as promessas do Senhor

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