terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ESTUDOS BÍBLICOS SÉRIE: ANO NOVO, UM NOVO TEMPO - ESTUDO 4



ESTUDOS BÍBLICOS – SÉRIE: ANO NOVO, UM NOVO TEMPO PARA SUA VIDA.
ESTUDO 4 - IMPEDIMENTOS ÀS MUDANÇAS
Mas, afinal, por que são necessárias tantas mudanças, simplesmente para vivermos um novo tempo? Por que é necessário mudar áreas da nossa vida, comportamentos, atitudes, maneiras de ser, se queremos viver um novo tempo? Qual é o motivo dessa necessidade de mudança?
Realmente, mudar é um grande desafio. Isso acontece porque existem impedimentos que vão dificultar a caminhada rumo às mudanças em nossa vida. Estaremos abordando como evitar e superar esses impedimentos, para promover as mudanças de que precisamos, e assim, vivermos um tempo novo e melhor.
ACOMODAÇÃO
A acomodação e sim um dos grandes impedimentos a uma mudança em nossa vida. Acomodação significa a “conformação a uma situação que estamos vivendo ou sofrendo”, O primeiro passo para um tempo novo e melhor em nossa vida é evitarmos exatamente a acomodação.
O ser humano possui uma tendência a acomodar-se mesmo diante da dor e da miséria. Um exemplo claro pode ser tirado do nosso dia a dia.
Suponhamos que você tenha um problema grave no dente. Ele dói há dois, três dias. É uma dor muito forte, mas o dentista só pode atendê-lo na semana que vem. Então, no dia seguinte, o dente para de doer; o problema não acabou, mas a dor sumiu. A reação de muitos de nós seria deixar o problema “para lá” e não ir mais ao dentista. “É uma dor tão fraquinha agora, que nem chega perto daquela que senti na semana passada.” Eis uma típica ação de acomodação.
A mesma coisa acontece com alguém que tem um problema grave na perna. A pessoa sente muita dor ao dormir, mas assim que descobre uma posição confortável na qual não sente nenhum incômodo, acomoda-se à situação e desiste de qualquer tipo de tratamento.
Na Bíblia, em Êxodo 1, podemos ver mais um exemplo de como o ser humano busca a acomodação até no sofrimento. No período em que Israel foi escravo do Egito, os egípcios maltratavam e massacravam seus escravos.
Depois de Deus tirar Israel do Egito por meio de um ato de poder supremo, o povo de Israel, na primeira dificuldade com que se defrontou, resolveu perguntar se não havia sepulcros no Egito para eles descansarem e reclamou com saudades das cebolas e melões egípcios. O povo de Israel, que foi massacrado no Egito, sempre que passava por uma dificuldade, cogitava buscar um lugar para acomodar-se, porque se acostumou a sofrer na escravidão.
Um exemplo interessante de acomodação é o episódio de Sansão e dos filisteus. Durante 40 anos, os filisteus massacraram os israelitas, tomando todos os seus bens (juízes 15).
Então Deus apoiou Sansão, e este incendiou a seara dos filisteus. É uma história incrível. Mas há uma narrativa daqueles que se levantaram e falaram a Sansão que, com isso, ele estaria criando problemas à sua gente.
Aqueles homens eram escravos deles há 40 anos! Eles estavam totalmente acomodados àquilo. Acabaram encontrando um lugar de conforto. “Sansão, não venha nos perturbar! Somos escravos, vivemos na miséria, mas esse lugar aqui está ótimo. Já estamos acostumados a essa vida miserável.”
RESISTÊNCIA À MUDANÇA
É comum o ser humano acostumar-se com a miséria e o sofrimento, buscando um lugar de conforto; é assim que ele faz. Quando Moisés morreu, Josué prostrou-se, choramingando. Então Deus disse a ele que se levantasse e saísse daquele lugar de acomodação, porque ali nada iria mudar na sua vida e na vida de seu povo. “Levanta-te e começa a agir!”.
Leia o texto de Habacuque 3.2: Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia.
Por que o autor sagrado afirma “no meio dos anos e não no princípio dos anos?” Porque, com o passar do tempo, nós nos acostumamos às coisas. Por isso, o profeta disse: aviva ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, porque a distância para voltar é a mesma distância ainda a ser percorrida.
A metade do caminho é o ponto em que se devem tomar as decisões. Não adianta nada alguém ter carteirinha de cristão há vinte anos e achar que está tudo bem. A pessoa sabe tudo sobre a igreja, sobre o culto, e acha isso suficiente para a sua vida. Aviva ó Senhor a tua obra no meio dos anos.
Assim, ainda teremos tempo para nos modificar para melhor.
Vemos nas igrejas sempre o mesmo grupo participando de cultos previsíveis, com um coral que canta sempre as mesmas músicas, os três hinos de sempre, e depois saúda a todos. Em seguida, entra a orquestra, e a irmãzinha cantora faz um solo. E todos dizem que estão acostumados àquilo mesmo e imploram para que não haja mudanças. Aviva, á SENHOR, a tua obra no meio dos anos, porque queremos promover obras novas em meio a todos! Por que será, então, que o ser humano luta e resiste tanto à mudança?
Em primeiro lugar, porque se deixa acomodar na falsa segurança de um lugar de conforto. Se a dor passa, mas o problema continua sem solução e está se agravando, o que prevalece é sensação transitória de conforto. Mesmo que haja um pouco de dor, a pessoa se acostuma.
Em segundo lugar, o outro motivo para não mudar é o medo do novo; a novidade assusta. Muitas pessoas simplesmente não querem correr riscos na vida. Porque toda mudança implica algum risco, por menor que seja.
A crise inicial da mudança afasta as pessoas da iniciativa desse movimento. Observemos um exemplo banal, do qual até se pode rir. Na nossa casa, em nossa sala de estar, imaginem que tenhamos um sofá de cinco lugares junto a uma das paredes. Na outra parede, há duas cadeiras. Na parede oposta, outro sofá, só que de três lugares. Na quarta parede, fica a porta e uma cômoda. Imaginemos então um casal como protagonista desse exemplo. A esposa resolve mudar tudo de lugar. “O sofá de cinco vem para cá, o de três vai para lá, as cadeiras ficam ali e a cômoda, poremos deste lado.” Mais tarde, quando o marido chega, ele pergunta, estressado, o que houve. “Por que afinal você mudou tudo de lugar?”
Toda mudança gera uma crise. Mas, por menor que ela seja, as pessoas não querem enfrentar nenhum tipo de crise. Mudanças abruptas sempre geram crises. Por isso o ideal é que elas sejam feitas gradualmente.
PERDENDO A OPORTUNIDADE DE MUDANÇA
A questão principal é entendermos por que é preciso ocorrer mudanças para que se chegue ao novo. A rota que muitas pessoas trilham em suas vidas é a da destruição; se não houver mudança, o caminho será o do inferno e o da desgraça. Podemos ler em Provérbios 14.12: Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.
Quando uma pessoa sente que precisa ouvir a Palavra, é porque Deus está lhe dizendo que, para evitar o destino certo da autodestruição, é preciso aproveitar a oportunidade de mudar de vida!
Mudanças são uma etapa necessária para realizarmos a transição entre o nosso estado atual e a vida em um novo tempo? É preciso que nos restauremos, para podermos usufruir novamente de nossa capacidade plena.
Por exemplo, se uma pequena peça de um fogão lindo e moderníssimo estiver danificada, ele simplesmente não funcionará. É realmente uma bobagem, porque basta trocarmos ou consertarmos a pequena peça para o fogão funcionar.
A mesma coisa se aplica a um automóvel do último tipo, magnífico, motor V8 com trezentos e oitenta cavalos, uma máquina belíssima, novinha.
O computador de bordo informa a quantidade de combustível no tanque e sinaliza quando estiver acabando. O computador também informa a calibragem dos pneus e possui sensor de estacionamento e outros recursos mais.
Então o motorista dá a partida e... nada acontece. O proprietário do automóvel chama o mecânico, que, depois de usar seu moderno dispositivo de diagnóstico, vê na tela do aparelho que uma determinada peça está com defeito. Um carro moderníssimo e potente simplesmente não funciona por causa de uma só peça; por causa dela, ele é incapaz de sair do lugar!
Em ambos os exemplos, uma mera peça mecânica precisa ser reparada. E o mesmo ocorre conosco, quando Deus nos diz que algo em nossa vida precisa ser corrigido. É uma coisa que ocorre independentemente de estarmos falando da vida de uma pessoa comum, ou da vida de um homem de Deus.
Para que um novo tempo chegue a essas vidas, um tempo de vitória, de bênção, um tempo novo de Deus para todos nós, é preciso mudar. Não é necessária uma ação sobrenatural de Deus ou de uma revelação. A sua inteligência espiritual e a sua inteligência natural nos indicam qual componente de nossas vidas precisa ser reparado ou substituído.
Pastor Silas Malafaia

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